Páginas

domingo, 18 de fevereiro de 2018

Paixão

Paixão

Como romã, por fora inteira
Por dentro, casulos de grãos vermelhos
Metamorfose constante,
Perdida em descaminhos de confusas retas,
ora em alegre desvario, ora triste, pensativa e quieta.

Metades de tudo e nada.
Divergências tantas...
Tenho o mundo vivendo em mim.
E a alma que me tem, mansa não é.
A alma que eu tenho, é cheia de cheganças.

Nauseada em vórtices de paixões,
Gira que gira em torvelinho arrastada
Oscilante à beira do caos,
À beira do precipício, assombrada.

Oh!Deusa impiedosa, insana
Que cega e devora,
Tolhe os sentidos
E pelos poros emana,
Teu nome é Paixão!

Na noite sacrossanta, ela,
A alma inquieta, apaixonada,
Espia, espicha-se, embrenha-se
Por entre as escuridões,
Vela a Lua de prata, tão alta, distante
E bela.

A imagem pode conter: 1 pessoa, atividades ao ar livre

Odenilde Nogueira Martins


Nenhum comentário:

Postar um comentário