
José Fernandes acertou nas palavras ao avaliar a
loucura verbal do poeta-passarinho Manoel de Barros, irmão ou primo do joão-de-barro. Seu livro "A loucura
da palavra", lançado em 1987, fugiu daquilo que Rainer Maria Rilke disse
em "Cartas a um jovem poeta: "Não há nada menos apropriado para tocar numa obra de arte do que palavras de crítica, que sempre resultam em mal-entendidos mais ou menos felizes. As coisas estão longe de ser todas tão tangíveis e dizíveis quanto se nos pretenderia fazer crer..."
Foram as palavras de Fernandes que, muito antes de Manoel ser tão conhecido "nos meios literários deste país", o chamaram, muito acertadamente, de "grande poeta.
Manoel de Barros deveria ter me chegado assim que me desentendi como gente e a poesia tomou conta de minha alma. Porém me consolo ao saber que o tarde é melhor que o nunca.
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