Liberta a alma de todo pejo,
não seja o pudor invencível estorvo,
no garimpo da palavra bem dita,
na expressão do mundo que vejo.
Não seja a mente triste sarcófago,
da palavra ansiosa e aflita,
trancafiada pelo acanhamento,
mesmo que sombria, seja ela bendita,
Inefável não seja o sentimento.
Liberta a alma corajosa,
vislumbre em tudo a contida graça,
até em tempestades
e redemoinhos,
em vales sombrios, onde a tristeza é ameaça
da flor veja-se a beleza,
sem esquecer-se de ver seus espinhos.
Sendo, pois, a vida um sopro
e o medo senhor que devora,
liberta a alma, sem mordaça,
Saiba-se que, como o tempo, tudo passa,
entenda-se que a felicidade é o agora.
Odenilde Nogueira Martins – 30/07/15
0 comentários:
Postar um comentário