CASO ENCERRADO - Odenilde Nogueira Martins - Editora Sucesso Pocket, 2014.

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Despido


Os sapatos, descalce-os, já na entrada,
Com eles, pisaste tantos caminhos!
Não macule o agora com pó da estrada,
Olvida-te do dia todos os espinhos.

Deixe o relógio sobre a cômoda.
O tempo guardá-lo, não é possível,
Esquece-te a agonia da hora incômoda,
Lá fora, vive só o risível.

Jogue o paletó em qualquer canto.
Desnuda-te do desnecessário,
Não quebre do momento o encanto,
Vale o improviso, não há itinerário.

Solte o colarinho, desabotoe a camisa,
A hora é curta, a noite ardente,
Deixe que envolva teu corpo a brisa
Liberta a paixão, desejo fremente.

Dispa-se de pensamentos alheios,
Tudo fenece!  Vale o aqui! Nada mais!
Faça um hiato do mundo lá fora,

De poucas alegrias, durezas e ais!

Fica a dica!

Rita de Cássia Alves - Fios de agora



Fios de Agora é o livro de poemas da escritora joinvilense Rita de Cássia Alves que inspira a exposição de Jorge Hiroshi, aberta à visitação até 4 de setembro na @elclandestinogaleria. O livro também está à venda na galeria pelo valor de R$ 15 - integral para a artista.

Versos de vento

Ah! Essa vontade que consome
de voar solto ao sabor do vento,
sem pouso fixo, sem norte,
desnudo de tudo, saciar a fome
em redemoinhos, incontáveis fragmentos,
ao léu... ao sabor da sorte.

Licenciosa, pois, a alma,
faz do corpo completo banimento,
do ego inflado o desterro,
 restando apenas,
ausente o desespero,
o querer libertino, puro e sedento.

Impulsionado pelo instinto,
encontra, inda que por pouco tempo,
a desejada liberdade que acalma,
composta em versos feitos de vento.

Odenilde Nogueira Martins - 18/08/2015




SAUDADES DO QUÊ?

As saudades que tenho de mim 
são repletas de um quase remorso.

Quando pude, não procurei em mim mesmo 
o frescor da tua presença 
e não soube compartilhar 
o bem que comigo andava.

Agora que o tempo correu
mais célere do que eu podia,
foi quando, por fim, eu vi,
que as saudades que tenho de mim,
são mesmo saudades de ti.
-Nelson Bortoletto-

Agenda cultural

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HISTÓRIA

No dia 4 de agosto de 1944, o esconderijo de Anne Frank e sua família, em Amsterdam, era descoberto em consequência de uma denúncia de um informante. A Gestapo, organização responsável pela investigação e prisão dos opositores ao regime nazista, capturam a família Frank e os conduzem para campos de concentração.

O pai, Otto Frank, foi o único membro da família a sobreviver. Ele recebeu o diário de Anne Frank e, posteriormente, lutaria pela publicação de seus textos.


Imagem: o diário de Anne Frank, exposto no Centro Anne Frank, em Berlim/Autor: Heather Cowper/Fonte: Flickr

Fonte: revistanovaescola

LITERATURA


No dia 1º de agosto é comemorado o Dia do Poeta da Literatura de Cordel! Originária de Portugal, a literatura de cordel é um gênero literário popular que se espalhou pelo Nordeste brasileiro no século XIX e que hoje se faz presente também em outras regiões do país. Com grande importância para a manutenção das identidades locais e das tradições literárias regionais, os poemas são geralmente rimados e ilustrados com xilogravuras.



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