Meu ponto de vista sobre fidelidade x lealdade

Ponto de vista

Comungo com o pensamento de Ivan Martins sobre fidelidade e lealdade, por isso, atrevo-me a expor meu ponto de vista a respeito. Quando há lealdade, não há infidelidade. Um relacionamento embasado na lealdade implica em respeito em relação ao outro, em cuidado, na capacidade de se colocar no lugar do companheiro (a) na tentativa de experimentar os sentimentos de dor que a infidelidade pode causar. A infidelidade ou traição existe quando uma das partes engana, simula, rouba. Em uma relação, em que a lealdade é norte, não há traição, pois é dito o interesse por outrem, assim sendo não ocorre o roubo da fé, da confiança depositada no (a) parceiro (a), do direito de saber que quem está a seu lado pode não estar feliz e ofertar a possibilidade de se aparar arestas e corrigir falhas para que o relacionamento não se perca na mudez nociva criada pela falta de diálogo franco. É preciso se entenda que lealdade requer empenho, maturidade e entendimento que ser leal não significa que o parceiro (a) deseje o controle da relação, lealdade é valor construído a dois!

É a lealdade e não a fidelidade que mantém os casais, não juntos simplesmente, mas unidos, cúmplices, fortes em uma relação saudável, livre de mágoas e ressentimentos, pois com o passar do tempo, quando a paixão arrefece, o que sobra? O amor! Assim, se um relacionamento amoroso baseado no valor lealdade terminar, certamente permanecerão laços de amor redirecionados à amizade, ao carinho, admiração e à preocupação com o bem estar do outro. Para mim, lealdade acima de tudo!

Odenilde Nogueira Martins


Abaixo o texto de Ivan Martins na íntegra

Fidelidade ou lealdade?
A gente se preocupa demais com uma e esquece da outra, que talvez seja mais importante

Nos últimos dias, ando apaixonado pela palavra “lealdade”. Deve ser por causa de um livro que estou terminando, um romance sobre antigos amigos e amantes que voltam a se encontrar e precisavam acertar suas diferenças. Eles já não se gostam, mas confiam um no outro. Eles deixaram de se amar, mas ainda se protegem mutuamente. Isso é lealdade, em uma de suas formas mais bonitas. Lealdade ao que fomos e sentimos.

Ao ler o romance, me ocorreu que amar é fácil. Tão fácil que pode ser inevitável. A gente ama quem não merece, ama quem não quer nosso amor, ama a despeito de nós mesmos. Tem a ver com hormônios, aparência e sensações que não somos capazes de controlar. A lealdade não. Ela não é espontânea e nem barata. Resulta de uma decisão consciente e pode custar caro. Ela é uma forma de nobreza e tem a ver com sacrifício. Não é uma obrigação, é uma escolha que mistura, necessariamente, ideias e sentimentos. Na lealdade talvez se manifeste o melhor de nós.

Antes que se crie a confusão, diferenciemos: lealdade não é o mesmo que fidelidade, embora às vezes elas se confundam. Ser fiel significa, basicamente não enganar sexual ou emocionalmente o seu parceiro. É um preceito, uma regra que se cumpre ou não se cumpre, uma espécie de obrigação. O custo da fidelidade é relativamente baixo: você perde oportunidades românticas e sexuais. Não tem a ver, necessariamente, com sentimentos. Você pode desprezar uma pessoa e ser fiel a ela por medo, coerência, falta de jeito ou de oportunidade. Assim como pode amar alguém perdidamente e ser infiel. Acontece todos os dias.

Lealdade é outra coisa. Ela vai mais fundo que a mera fidelidade. Supõe compromisso, conexão, cuidado. Implica entender o outro e respeitá-lo no que é essencial para ele - e pode não ser o sexo. Às vezes o outro precisa de cumplicidade intelectual, apoio prático, simples carinho. Outras vezes, a lealdade requer sacrifícios maiores.

A primeira vez que deparei com a lealdade no cinema foi num filme popular de 1974, Terremoto. No final do drama-catástrofe, o personagem principal – um cinquentão rico, heroico e boa pinta – tem de escolher entre tentar salvar a mulher com quem vivia desde a juventude, com risco da sua própria vida, ou safar-se do desastre com a jovem amante. Ele escolhe salvar a velha companheira e morre com ela. Parece apenas um dramalhão exagerado, mas desde Shakespeare o drama ocidental está repleto de escolhas desse tipo. É assim que nos metem conceitos elevados na cabeça. Vi esse filme com 16 e 17 anos e nunca mais deixei de pensar na lealdade em termos drásticos.

A lealdade está amparada em valores, não apenas em sentimentos. É fácil cuidar de alguém quando se está apaixonado. Mais fácil que respirar, na verdade. Mas o que se faz quando os sentimentos desaparecem – somem com eles todas as responsabilidades em relação ao outro? Sim, ao menos que as pessoas sejam movidas por algo mais que a mera atração. Se não partilham nada além do desejo, nada resta depois do romance. Mas, se houver cumplicidades maiores, então se manifesta a lealdade. Ela dura mais do que os sentimentos eróticos porque se estende além deles.

O romantismo, embora a gente não o veja sempre assim, é uma forma exacerbada de egoísmo. Meu amor, minha paixão, minha vida. Minha família, inclusive. Tem a ver com desejo, posse e exclusividade, que tornam a infidelidade insuportável, a perda intolerável. As pessoas matam por isso todos os dias. Porque amam. É um sentimento que não exige elevação moral e pode colocar à mostra o pior de nós mesmos, embora pareça apenas lindo.

Minha impressão é que o mundo anda precisado de lealdade. Estamos obcecados pela ideia da fidelidade porque a infidelidade nos machuca. Sofremos exacerbadamente porque o mundo, o nosso mundo, não contém nada além de nós mesmos, com nossos sentimentos e necessidades. Quando algo falha em nossa intimidade, desabamos.

Talvez devêssemos pensar de forma mais generosa. Talvez precisemos nos apaixonar por ideias, nos ligar por compromissos, cultivar sonhos e aspirações que estejam além dos nossos interesses pessoais. Correr riscos maiores que o de ser traído ou demitido. O idealismo, que tem sido uma força de mudança na conduta humana, precisa ser resgatado. Não apenas para salvar o planeta e a sociedade, mas para nos dar, pessoalmente, alguma forma de esperança. A fidelidade nos leva até a esquina. A lealdade talvez nos conduza mais longe, bem mais longe.

Ivan Martins 
http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/ivan-martins/noticia/2014/07/fidelidade-ou-blealdadeb.html


Que

Teste seus conhecimentos

1) a. Não há mais nada entre mim e você. / b. Não há mais nada entre eu e você.

2) a. Faz cinco anos que não a vejo. / b. Fazem cinco anos que não a vejo?

3) a. Pare de gritar, senão eu não consigo estudar. / b. Pare de gritar, se não eu não consigo estudar.

4) a. Em fim estamos juntos! / b. Enfim estamos juntos!

5) a. Tenho um tersol no olho direito. / b. Tenho um terçol no olho direito.

6) a. Há dez anos atrás, eu estava em Barcelona. / b. Há dez anos, eu estava em Barcelona.

7) a. Fui à Portugal ano passado. / b. Fui a Portugal ano passado.

8) a. A janela está meio aberta. / b. A janela está meia aberta.

9) a. A professora saiu da sala e disse “obrigada”. / b. A professora saiu da sala e disse “obrigado”.

10) a. Comprei um lindo piano de calda para a minha sala. / b.Comprei um lindo piano de cauda para a minha sala.

11) Comprei duas camisas laranjas para o meu amigo. / b. Comprei duas camisas laranja para o meu amigo.

12) Minha irmã é muito anti-social. / b. Minha irmã é muito antissocial.

13) Se eu ver o meu pai, falo com ele. / b. Se eu vir o meu pai, falo com ele.

14) O técnico melhorou o moral do time. / b. O técnico melhorou a moral do time.

15) O time ganhou e agora é bicampeão. / b. O time ganhou e agora é bi-campeão.

16) Vou ao cabelereiro na quarta-feira. / b. Vou ao cabeleireiro na quarta-feira.

17) Ele ganhou 1,5 milhões de reais. / b. Ele ganhou 1,5 milhão de reais.

18) Os Estados Unidos concordou com o acordo. / b. Estados Unidos concordou com o acordo.

19) Ela quiz a melhor bolsa da loja. / b. Ela quis a melhor bolsa da loja.

20) Daqui a dois anos, eu terminarei a faculdade. / b. Daqui há dois anos, eu terminarei a faculdade.

21) Quebrei o meu óculos. / b. Quebrei os meus óculos.

22) Ele tinha aceitado a recompensa. / b. Ele tinha aceito a recompensa.

23) Eu nunca esqueço do seu aniversário. / b. Eu nunca me esqueço do seu aniversário.

24) Espero que vocês viagem em paz. / b. Espero que vocês viajem em paz.

25) O comprimento entre o presidente e o senador foi amistoso. / b. O cumprimento entre o presidente e o senador foi amistoso.

26) O time foi para a semifinal. / b. O time foi para a semi-final.

27) Meu amigo namora com a vizinha. / b. Meu amigo namora a vizinha.

28) Os motoristas devem obedecer o sinal. / b. Os motoristas devem obedecer ao sinal.

29) O aluno estava com disenteria, por isso não foi à aula. / b. O aluno estava com desenteria, por isso não foi à aula.

30) Aquela menina apareceu de sopetão. / b. Aquela menina apareceu de supetão.

31) O marcineiro não trabalhou ontem. / b. O marceneiro não trabalhou ontem.

32) Fui a França semana passada. / b. Fui à França semana passada.

33) O basculhante do banheiro está quebrado. / b. O basculante do banheiro está quebrado.

34) Aquela senhora é muito granfina. / b. Aquela senhora é muito grã-fina.

35) Estou passando muito mal hoje. / b. Estou passando muito mau hoje.

36) Onde você vai com tanta pressa? / b. Aonde você vai com tanta pressa?

37) Saí cedo de casa, porque eu tinha uma reunião. / b. Saí cedo de casa, por que eu tinha uma reunião.

38) Houve um grave ferimento na parede toráxica. / b. Houve um grave ferimento na parede torácica.

39) Alguns empecilhos impediram que ele chegasse no horário. / b. Alguns impecilhos impediram que ele chegasse no horário.

40) Curta o seu momento! / b. Curte o seu momento!

41) Os torcedores assistiram o jogo. / b. Os torcedores assistiram ao jogo.

42) Por que aquela aluna está tão anciosa? / b. Por que aquela aluna está tão ansiosa?

43) Ele ficou na minha casa até as 3h. / b. Ele ficou na minha casa até às 3h.

44) Vamos se ver amanhã? / b. Vamos nos ver amanhã?

45) Paulo é um rapaz meio tan-tan. / b. Paulo é um rapaz meio tã-tã.

46) Aquelas pessoas estão falando sobre eu e você. / b. Aquelas pessoas estão falando sobre mim e você.

47) Comprei uma linda bandeija para a festa. / b. Comprei uma linda bandeja para a festa.

48) Aquele carro não tem mais concerto. / b. Aquele carro não tem mais conserto.

49) O eminente filósofo apresentou suas teses. / b. O iminente filósofo apresentou suas teses.

50) A saída será meio-dia e meia. / b. A saída será meio-dia e meio.

http://linguaportuguesa.blog.br/50-duvidas-comuns-na-lingua-portuguesa/

Vale lembrar