Retirante
Retirante de mim,
Submersa em profundezas
E labirintos de limo escorregadio,
Garimpando memórias na desordem do caos,
De pecados tantos! Já extintos!
Afogada em enxurradas de paixões,
Angústias,
Tormentos,
Alegrias...
Delicias em
chuviscos.
Noites frias,
Noites escuras,
Noites de lua,
Airosas madrugadas.
Retirante do mundo,
Trajetórias feitas de alarido,
Confusos rabiscos,
Daquilo que foi e podia ter sido.
No cálice, de puro cristal, bebida doce,
Na boca, o gosto do fel bebido.
Odenilde Nogueira Martins – 01/11/2015
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