Transição
É tempo de
mudança,
Equinócio de
outono,
O sol
arrefece os dias,
O verão enfim descansa.
Ao
desnudar-se na estação,
Em tranquilo
desfolhar-se,
De dourados crepúsculos enfeitada,
Fica a árvore
nua...
Em completo abandono.
Há beleza e
há melancolia
No amarelado das
folhas que caem,
E levadas pelo vento, ou não,
Apodrecem e
nutrem a terra,
Depois de
rendar o chão.
São mais
longas as noites...
São mais
curtos os dias...
Na inclemência do frio,
Aguarda, a árvore, paciente,
O equinócio
da primavera
Que irá
vesti-la lindamente
De flores,
Cores,
Com fartura
de broto macio.
Ressurge a
nua árvore,
Inda mais
bela!
.E dos ninhos
dos pássaros,
Das criaturas
novas,
Ouvir-se-á o
balbucio.
Odenilde
Nogueira Martins
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