FAZ TEMPO
No tempo
em que o tempo
não tinha relógio,
não havia café da manhã,
almoço e jantar.
Também não haviam
guardanapos de linho ou papel, copos de cristal,
talheres e afins.
Não havia filosofar,
senão os fenômenos de sede e de fome,
senão na magia do medo ou
na divindade das feras.
Só haviam pessoas e seus mitos alucinados,
gravados em figuras nas pedras.
Só havia uma gente
que desenhava poesia.
-Nelson Bortoletto-
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