A palavra “personagem” é originária do latim “persona” e designava a máscara que os atores do teatro usavam na frente do rosto ao representar os papéis. Você sabe que desde a Grécia as mulheres estavam proibidas de comparecer aos espetáculos públicos do teatro? E também, por serem julgadas inferiores, não podiam participar da encenação?
Dessa forma é que as “personas” foram criadas: máscaras femininas que eram usadas por homens que representavam mulheres no palco.
As máscaras que hoje representam o teatro (uma que chora e outra que ri, quase que entrelaçadas) são a representação das tais “personas”. Ou seja, personagens são representação dos seres humanos.
Pra que não fiquemos apenas nas minhas palavras, vejam o argumento de autoridade que fundamenta o que eu disse. Leia, portanto, o que o professor Massaud Moisés, em seu Dicionário de Termos Literários escreve:
“A própria etimologia do vocábulo assinala uma restrição semântica que merece registro: animais não podem ser personagens, menos ainda os seres inanimados de qualquer espécie. Quando comparecem ao universo ficcional, os animais tendem a ser meras projeções das personagens (como no caso de Quincas Borba), ou denotam qualidades superiores à sua condição, uma espécie de “inteligência” humana (como a Baleia de Vidas Secas), ou servem de motivo para a ação (como em Moby Dick). Os apólogos ou fábulas utilizam os animais como protagonistas, mas envolve-os de um halo simbólico que os subtrai do círculo zoológico interior para alçá-los ao perímetro humano.” (p. 397, Editora Cultrix)
http://maiseducativo.com.br/personagem-e-palavra-feminina-ou-masculina/
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