Dorme
Noite alta
cheia de fantasmas,
arrasta
triste madrugada
pelos olhos
secos e insones,
fixos, a
mirar o nada.
Facho de luz adentra o quarto,
silencioso,
em recorte traça o corpo inerte
e a face serena, tão amada.
Agora na madrugada triste,
a dor não a
consome.
Dorme, mãe querida!
A querida mãe dorme!
Na noite alta criaturas caçam,
amam,
comem,
morrem.
Mas tu, guardada por anjos, em paz, na madrugada dorme.
Odenilde Nogueira Martins - 06/02/15
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