qual enigma
que acorda as pálpebras da manhã
e as têmporas temporãs de um poema,
sem solenidade nem agudos clarins
vem a primeira base de sustentação
que nos ameniza
das interrogações e abismos do cotidiano...
chegam-nos de relance
os lances da vida...
e tudo é superado:
os óvnis pelos passarinhos,
as morfoses das metas
pelas metamorfoses,
o erário nas furnas
pelas urnas funerárias,
os humanos abjetos
pelos objetos extra-humanos...
o estado de hábito
pelo atestado de óbito.
mas o compasso congênito dos nossos passos
[qual aquele poema que marca e demarca
- em alvo horizonte -
o seu voo naturalmente azul]
fica como fiel testemunha
da pedra fundamental
do nosso olhar.
_____________ ® Rubenio Marcelo
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