Há beijo e sinal para entregar o homem
e amarrá-lo às oliveiras, às palavras
Tu o dizes por ti ou outros to disseram? ,
ao calvário e aos pecados sempre renovados.
Há o beijo veneno, maçã babujada de Eva
tentando dominar os mistérios do tempo
para engalanar a árvore do conhecimento
e vencer os ardores do bem e do mal.
Há o beijo gosmento da serpente falante
desejosa de uma nota ou de um ponto,
para se pôr no centro ou no círculo
onde os magos sabem negros segredos.
Há o beijo vômito da mamba-negra,
disfarçado em chá de santo daime,
para, naqueles segundos de sonho,
acariciar-me ... o frágil calcanhar.
Há o beijo saudação à vida que brota
da terra e do pó espalhando humanidade
no pai e no filho, obediência à pronúncia
da palavra primeira dos sete dias: “Faça-se”!
11-12-03
ESSE POEMA FOI FEITO EM ALGUM MOMENTO DE NOJO DAS REUNIÕES A QUE TIVE DE SUPORTAR PERANTE A CORTE DOS BOBOS NA UNIVERSO, SUGERIDO PELO BEIJO DE JUDAS DE UMA FUNCIONÁRIA.
0 comentários:
Postar um comentário