Em Português, há muitas diferenças entre a língua escrita e a falada pelas pessoas no dia-a-dia. Nas provas do vestibular, o candidato precisa estar atento a todos os detalhes, já que as universidades cobram a norma culta do idioma. Mesmo as pessoas cultas comentem alguns equívocos na hora de escrever.
Vejamos alguns dos erros mais comuns cometidos nas provas da disciplina:
- GRAMÁTICA: a mistura de pronomes, usando "te" e "você" para a mesma pessoa, aparece em músicas e poesias, mas está gramaticalmente incorreta. Há uma música do Caetano Veloso que diz 'Agora, que faço eu da vida sem você? Você não me ensinou a te esquecer', além de muitas outras. É bastante comum o uso na fala, mas gramaticalmente está errado. A prova pode apresentar ainda trechos de poesias modernistas, nas quais essa mistura aparece propositalmente. Os modernistas usavam a linguagem coloquial. Algumas questões trazem trechos de textos desse período e pedem para que o candidato identifique os equívocos. Uma das frases mais famosas é "Entra, Irene. Você não precisa pedir licença", de Manuel Bandeira. Ele usa o imperativo "entra" na segunda pessoa, e o "você", que é terceira. Na redação, o vestibulando não pode misturar as pessoas gramaticais.
- VERBOS: Um dos erros mais comuns na conjugação de verbo é a utilização do indicativo quando deveria ser usado o subjuntivo. Frases como "Quer que eu faço" ou "Quer que eu pego" são empregadas na linguagem informal em várias partes do país. O certo seria dizer 'Quer que eu faça' e 'Quer que eu pegue'. Quando é uma hipótese, usa-se o subjuntivo. Quando se tem certeza, o indicativo.
- REGÊNCIA: um erro de regência verbal pode fazer o candidato perder os pontos de uma questão de Português. Na redação, o erro pode ser ainda mais desastroso. Muitas vezes, quando se equivoca na gramática, o candidato também erra o sentido. É o caso de regências como as dos verbos "assistir", "aspirar" e "visar". Quando diz que 'assistiu o jogo', o vestibulando está afirmando que deu assistência, e não que viu o jogo. Outro erro comum de regência é o do verbo "chegar". Esse só tem um sentido, mas a regência correta é 'a', não 'em' como muita gente costuma dizer.
- PRONOMES ESTE / ESSE: o uso dos pronomes "esse" e "este" é tormento para muitos vestibulandos. Basicamente, 'esse' serve para retomar uma ideia, e 'este' para apresentá-la. Na redação, o candidato pode escrever, por exemplo: Estes são os problemas do país: corrupção (...).
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