TRANSVELEJAR...
ávidas de sagas e renovações
transvelejando o tempo
vão as naus cortando horizontes...
nelas
a marinhagem não se cansa:
renova-se com prelúdios de violinos
e minuetos noturnos
vindos das torres estelares
que a bombordo e estibordo
balizam a suavidade das jornadas...
lemes, velas, estais,
leves púlpitos de popas e proas,
tudo
a barlavento ou sotavento
flutua – e faz flutuar – azul
nestas naus viajoras
[que transcendem os mitos
e os hemisférios cotidianos]
ostentando o pavilhão da primazia...
– naus visionárias
planadoras
de mares e ares...
mesmo secular,
não há rotina no trilar das sete salvas...
a continência é da alma
– e esta é flama invicta,
é albatroz diligente:
reinaugura-se a cada soar da lira!...
grávidas de misteres e revelações,
transnavegando na quintessência do inefável,
seguem as naus eternizando messes...
* Poema do meu novo livro "Veleiros da Essência" (Ed. Life, 2014, prefaciado por José Fernandes e com apresentação de Raquel Naveira) - livro que pode ser adquirido nas Livrarias: Leitura (Shopping Campo Grande), Leparole, e Casa do Artesão, e também na Academia Sul-Mato-Grossense de Letras.
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