Quando alguém ou um grupo julga uma pessoa não pelo que ela é, mas por sua nacionalidade, cor, sexo, orientação sexual, isto é discriminar. Trata-se de um hábito arraigado em todos os povos, aprendido pelas crianças ao copiarem atitudes de seus pais, com consequencias medonhas na forma de guerras (tutsis contra hutus, sérvios contra croatas) e opressão sistemática de grandes parcelas da população (negros pelos brancos, índios pelos colonizadores, mulheres pelos homens, judeus pelos cristãos, etc.). Apesar de ser muito difícil mudar opiniões aprendidas na primeira infância, não é impossível exercitar a tolerância na forma de controle de ações discriminatórias. Nos Estados Unidos, por exemplo, muitas corporações já proíbem comentários e piadas sexistas (pressupondo que toda mulher é burra ou prostituta ou inferior), racistas (contra negros, mulatos, índios, latinos) e até mesmo contra pessoas com deficiências físicas.
Gilberto Dimenstein, Aprendiz do futuro. São Paulo: Ática, 1997, p. 58
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