Quimeras 

Quem me dera, quem me dera
Que a vida quimera tão somente fosse
Híbrido monstro fabuloso,
Cabra, leão, serpente,
Que a possa tornar inda mais bela!

Encantamento em horas de espera
Esquecido do tempo que passa
Em múltiplos nortes vagueia o poeta
Embebedando-se de desatino,
interpondo graça e desgraça.

Ah! A vida e suas quimeras!
De realidades e utopias imaginadas
Embrenhar-me em fantasia, quem dera!
Para no cristal da lágrima salgada,
Na esperança absurda do ilogismo,
Misturar meus sonhos à fera. 

Odenilde Nogueira Martins

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