O TEMPO
O tempo tudo tece,
costureiro implacável da vida,
remenda as histórias de quem padece,
cura lágrimas de dores vertidas.
E sempre mais próximos da morte
o tempo cavalo alado, indiferente,
por nós, segue e passa,
toma-nos o corpo, sem esquecer-se da mente.
Em seu incontrolável tropel
longo prazo, curto se faz,
diante dele a vida frágil, rasga-se feito papel.
O humano vaidoso, com Ele não há trapaça,
desnudado de tudo, à terra torna e jaz,
desaparece do mundo, igual espiral de fumaça.
Odenilde Nogueira Martins
1 comentários:
Diria que um poema profundo, amei!
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