FELICIDADE PROIBIDA

   FELICIDADE PROIBIDA
VESTIDA DE ANSIEDADE,  FELICIDADE PROIBIDA
NA  FLOR, RUBRA ROSA,SOU MULHER!
SOU  FÊMEA PERFUMOSA,
 DE PUDORES E  CULPAS  DESPIDA.        

OS TOQUES  DE TEUS DEDOS SOALHEIROS,
 VIAJANTES, INVADEM, PASSEIAM  
POR ENTRE PLANÍCIES , MONTANHAS, RETAS E CURVAS
ORA VAGAROSAMENTE DESLIZAM, ORA... PASSAM LIGEIROS.

ESCRAVA DE TUAS MÃOS TÃO GENTIS,
DO  AÇOITE DOCE DE TEUS BEIJOS,
 DE TUA BOCA SUMOSA,
ARDO INTEIRA, INTEIRA ARDO!  SUBMETO-ME, APRENDIZ.

TEU  CORPO ARRUACEIRO,  NO MEU, TRÊMULO, EM FOLGUEDO
COM  DOÇURA E  CARÍCIAS, RABISCA, TRAÇA MOMENTOS
COM FIRMES  PINCELADAS,  IRRESISTÍVEL   ENREDO
BORDADO DE LOUCURAS, PROMESSAS E JURAMENTOS.

ODENILDE N. MARTINS

EM PROCESSO DE REVISÃO O NOVO ROMANCE DE DAVID GONÇALVES - TRECHO



"Lá vai mais um caminhão carregado de toras: jequitibá-rosa, cambreúva-vermelha, mogno, ipê, jatobá, aroeira, cumaru, freijó e guarita.

O que sobra da mata os grandes tratores com os correntões liquidam. Por onde passam, nada sobra. Em cima, semeia-se o capim. Dentro de um ano, o que se vê é um mar branco de nelore.

Depois, vem a soja, a perder de vista. Sai o rei do gado, entra o rei da soja. Todos têm a mesma religião: o bolso é meu guia.

O que foi feito da floresta? Da noite para o dia, sumiu. Surgem os arraiais, com antenas parabólicas, e o sertão vira cidade: os hábitos mudam, os costumes também. Tabas indígenas assistem a novelas, já não falam as suas línguas. A aldeia – uma manchazinha no meio da floresta – globaliza-se, e o jovenzinho índio já não quer mais ficar na aldeia...

Os reis da soja estufam a barriga e dizem: “Somos o celeiro do mundo. Precisamos de mais terras para produzir mais e mais.” Os negócios com a China empolgam, engordam os seus bolsos, tornam-se presunçosos. 

Biodiversidade? É hobby de gente abastada – biólogos, professores, cientistas que nunca saíram de seus laboratórios. Esses babacas acham que o leite dá em pacotes de supermercado!

Seriemas, lobos, tatus, cascavéis, jararacas, cobra-verde, tamanduás, tucanos, bicho-preguiça, jandaias, periquitos, gaviões, queixadas, antas, quatis, lagartos, jacarés, macacos, giboias, sucuris, onça-pintada, onça parda...

Quem precisa dessas espécies? Quem precisa de árvores? De minas d’ água? De rios e lagoas? Essa imensidão de floresta não tem fim, nunca se acaba.

Primeiro, acabou-se o cerrado. Lá se foi o pequi, cagaita, araticum, mangaba, macaúba, baru, gabiroba, caju, sucupira, peroba, ipê, jacarandá... Essas coisas não dão lucro. A China quer a soja. O Brasil, o celeiro do mundo, precisa produzir alimentos. A vida não é mais do que isso.

Cadê a mata que estava ali? Alguém devorou. Cadê os pássaros que enfeitavam o céu? O veneno acabou. Cadê os bichos que passeavam por ali? O homem matou. Cadê os grandes rios e lagoas de águas límpidas? A poluição liquidou."



EM PROCESSO DE REVISÃO O NOVO ROMANCE DE DAVID GONÇALVES - TRECHO



"Lá vai mais um caminhão carregado de toras: jequitibá-rosa, cambreúva-vermelha, mogno, ipê, jatobá, aroeira, cumaru, freijó e guarita.

O que sobra da mata os grandes tratores com os correntões liquidam. Por onde passam, nada sobra. Em cima, semeia-se o capim. Dentro de um ano, o que se vê é um mar branco de nelore.

Depois, vem a soja, a perder de vista. Sai o rei do gado, entra o rei da soja. Todos têm a mesma religião: o bolso é meu guia.

O que foi feito da floresta? Da noite para o dia, sumiu. Surgem os arraiais, com antenas parabólicas, e o sertão vira cidade: os hábitos mudam, os costumes também. Tabas indígenas assistem a novelas, já não falam as suas línguas. A aldeia – uma manchazinha no meio da floresta – globaliza-se, e o jovenzinho índio já não quer mais ficar na aldeia...

Os reis da soja estufam a barriga e dizem: “Somos o celeiro do mundo. Precisamos de mais terras para produzir mais e mais.” Os negócios com a China empolgam, engordam os seus bolsos, tornam-se presunçosos. 

Biodiversidade? É hobby de gente abastada – biólogos, professores, cientistas que nunca saíram de seus laboratórios. Esses babacas acham que o leite dá em pacotes de supermercado!

Seriemas, lobos, tatus, cascavéis, jararacas, cobra-verde, tamanduás, tucanos, bicho-preguiça, jandaias, periquitos, gaviões, queixadas, antas, quatis, lagartos, jacarés, macacos, giboias, sucuris, onça-pintada, onça parda...

Quem precisa dessas espécies? Quem precisa de árvores? De minas d’ água? De rios e lagoas? Essa imensidão de floresta não tem fim, nunca se acaba.

Primeiro, acabou-se o cerrado. Lá se foi o pequi, cagaita, araticum, mangaba, macaúba, baru, gabiroba, caju, sucupira, peroba, ipê, jacarandá... Essas coisas não dão lucro. A China quer a soja. O Brasil, o celeiro do mundo, precisa produzir alimentos. A vida não é mais do que isso.

Cadê a mata que estava ali? Alguém devorou. Cadê os pássaros que enfeitavam o céu? O veneno acabou. Cadê os bichos que passeavam por ali? O homem matou. Cadê os grandes rios e lagoas de águas límpidas? A poluição liquidou."



Roberta Miranda - Garçom (Vídeo Oficial) HOMENAGEM A REGINALDO ROSSI / ... E PRA MATAR A TRISTEZA SÓ MESA DE BAR... VOU ME EMBRIAGAR...

012 - Craveiro e Cravinho - Franguinho na Panela (Roda de Viola) O RECANTO ONDE EU MORO...

Pena Branca e Xavantinho - Uirapuru É UM HINO!!!!!

017 - Pena Branca - Cuitelinho (Roda de Viola) LINDOOOOOO

022 - Dalvan - Berrante de Ouro (Roda de Viola) BOM DEMAIS, SÔ!

038 - Chitaozinho e Xororo (com amigos) - Fogão de Lenha (Roda de Viola) AMO RODA DE VIOLA!

039 - Chitaozinho e Xororo - Rancho Fundo (Roda de Viola) RODA DE VIOLA, O COISA BOA , SÔ!!!!!!!

MILTON NASCIMENTO & CHICO BUARQUE " O CIO DA TERRA "

MIlton Nascimento - O Cio da Terra nas vozes de Pena Branca e Xavantinho...

FELIZ NATAL - ODENILDE MARTINS E DAVID GONÇALVES - 2013


 







MITOS PEDAGÓGICOS / NOVA ESCOLA


Mitos pedagógicos

Leitura pelo professor, só para quem não sabe "Em geral, o professor lê para as turmas até a 2ª ou 3ª série. Para os mais velhos, pensa: se eles já sabem ler, não precisam mais de mim", exemplifica Cristiane Pelissari, selecionadora do Prêmio Victor Civita - Educador Nota 10. Na verdade, a atividade é importante sempre e em todas as idades. "Ao ler, o professor apresenta o material e o recomenda. Isso explicita quais os critérios de apreciação utilizados, oferecendo referências a respeito deles", esclarece Kátia Bräkling. 

Lê antes, ganha livro depois Por muito tempo, acreditou-se que o contato com os livros deveria acontecer quando a criança já tivesse o domínio da leitura. "Se não sabe ler, não vai entender nem aproveitar o livro. Mas, se aprender, ganha um título como prêmio", dizia-se. Hoje, no entanto, sabe-se que é com o contato com textos que o aluno estabelece as relações que podem desenvolver comportamentos leitores e ajudar os estudantes a compreender a sua função comunicativa. 

Fala errado, escreve mal É certo que o conhecimento linguístico e a competência escritora causam um impacto na fala. Mas a relação entre ambas as habilidades não é tão estreita assim a ponto de se afirmar que quem fala mal escreve com dificuldade. Como a escrita não é a transcrição da fala, para produzir bons textos é preciso praticar, conhecer e se apropriar dela.
Beatriz Santomauro (bsantomauro@fvc.org.br)

O QUE ENSINAR EM LÍNGUA PORTUGUESA / NOVA ESCOLA


O ensino atual da disciplina foca a prática no dia a dia e mescla atividades de fala, leitura e produção de textos desde cedo

Beatriz Santomauro (bsantomauro@fvc.org.br)
PRODUÇÃO E REFLEXÃO (à esq.) Nas situações práticas da análise e construção de textos, os estudantes sistematizam regras. LEITURA DIÁRIA (à dir.) Ao ler gêneros e autores diversos, a turma passa a reconhecer as características das obras

Até os anos 1970, o processo de aprendizagem da Língua Portuguesa era comparado a um foguete em dois estágios, como bem pontuam os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs). O primeiro ia até a criança ser alfabetizada, aprendendo o sistema de escrita. Já o seguinte começaria quando ela tivesse o domínio básico dessa habilidade e seria convidada a produzir textos, notar as normas gramaticais e ler produções clássicas.

A partir dos anos 1980, o ensino não é mais visto como uma sucessão de etapas, e sim um processo contínuo. "O aluno precisa entrar em contato com dificuldades progressivas do conteúdo. Desse modo, desenvolve competências e habilidades diferentes ao longo dos anos", diz Maria Teresa Tedesco, professora do Colégio de Aplicação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

As situações didáticas essenciais para o Ensino Fundamental passaram a ser: ler e ouvir a leitura do docente, escrever, produzir textos oralmente para um educador escriba (quando o aluno ainda não compreende o sistema) e fazer atividades para desenvolver a linguagem oral, além de enfrentar situações de análise e reflexão sobre a língua e a sistematização de suas características e normas. 

Essa nova concepção apresentava inúmeras diferenças em relação a perspectivas anteriores. Desde o século 19 até meados do 20, a linguagem era tida como uma expressão do pensamento. Ler e escrever bem eram uma consequência do pensar e as propostas dos professores se baseavam na discussão sobre as características descritivas e normativas da língua. "O objeto de ensino não precisava ser a linguagem", explica Kátia Lomba Bräkling, coautora dos PCNs e professora do Instituto Superior de Educação Vera Cruz, em São Paulo.

Os primeiros anos da disciplina deveriam garantir a aprendizagem da escrita, considerada um código de transcrição da fala. Dois tipos de método de alfabetização reinaram por anos: os sintéticos e os analíticos. Os primeiros começavam da parte e iam para o todo, mostrando pequenas partes das palavras, como as letras e as sílabas, para, então, formar sentenças. Compõem o grupo os métodos alfabético, fônico e silábico.

Já os analíticos propunham começar no sentido oposto, o que garantiria uma visão mais ampliada do aluno sobre aquilo que estava no papel, facilitando o seu entendimento. Pelo modelo, o ensino partia das frases e palavras, decompostas em sílabas ou letras. "Nesses métodos, o essencial era o treinamento da capacidade de identificar, suprimir, agregar ou comparar fonemas. Feito isso, estaria formado um leitor", explica Maria do Rosário Longo Mortatti, coordenadora do grupo de pesquisa em História do Ensino de Língua e Literatura no Brasil, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), no campus de Marília.

Aqueles que já dominavam essa primeira etapa de aprendizagem passavam para a seguinte. Na escrita, os alunos deveriam reproduzir modelos de textos consagrados da literatura e caprichar no desenho do formato das letras. Para fazer uma leitura de qualidade, o estudante tinha como tarefa compreender o que o autor quis dizer - sem interpretar ou encontrar outros sentidos.

As aulas focavam os aspectos normativos e descritivos da língua e textos não literários - como o acadêmico e o jornalístico - não eram estudados. "O coloquial ou informal eram considerados inadequados para ser trabalhados em sala de aula", explica Egon de Oliveira Rangel, professor do Departamento de Linguística da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo.


A LÍNGUA EM TODAS AS DISCIPLINAS / NOVA ESCOLA


Por serem essenciais na formação escolar, a leitura e a escrita merecem atenção específica dos professores das diversas áreas

Luis Carlos de Menezes (novaescola@fvc.org.br)

"A escola deve criar um círculo virtuoso, em que a leitura e a escrita melhorem e ajudem na aprendizagem de qualquer conteúdo." Foto: Marcos Rosa

Desde que nascemos, aprendemos a interpretar gestos, olhares, palavras e imagens. Esse processo é potencializado pela escola, por meio da leitura e da escrita, o que nos dá acesso a grande parte da cultura humana. Isso envolve todas as áreas, pois, mais do que reproduzir o som das palavras, trata-se de compreendê-las - e quem sabe relacionar termos como paráfrase, latifúndio, colonialismo e transgênico aos seus significados faz uso de um letramento obtido em aulas de Língua Portuguesa, Geografia, História e Ciências, respectivamente. 

A chamada alfabetização científico-tecnológica mostra essa preocupação no ensino de Ciências. Falta muito, porém, para que as linguagens sejam objetivos da instrução e não só pré-requisitos exclusivos das aulas de Língua Portuguesa e Matemática, como apontamos nesta coluna (edição 215, de setembro de 2008). A competência de ler e escrever, aliás, se desenvolve com a de "leitura do mundo" no sentido usado por Paulo Freire - e todo educador deve fazer isso sozinho e em associação com seus colegas.

Cada estudante que, numa aula de Geografia, examina um mapa ou guia de ruas, assinala locais por onde passa e comenta em texto experiências ali vividas, além de aprender a se situar, faz um exercício expressivo e pessoal da escrita. Isso também pode ser um trabalho coletivo, como a maquete que vi numa cidadezinha mostrando a escola, o estádio, o hospital, a praça e a prefeitura. Estavam ali representados também o rio, com os pontos onde transborda e em que ocorre o despejo irregular de lixo. Cartazes ao lado comentavam o surgimento da cidade, a vida econômica e os problemas ambientais, com linguagem aprendida em aulas de Arte, Ciências, Geografia, História e Língua Portuguesa. 

Mas essa prática só muda as estatísticas de alfabetização quando faz parte da rotina escolar. Há uma queixa frequente de que por lerem mal os alunos têm dificuldade com certos conteúdos. Diante dela, a escola deve trocar o círculo vicioso - em que o despreparo na língua dificulta a aprendizagem de outras matérias e perpetua o despreparo - por um círculo virtuoso - em que a leitura e a escrita melhorem em todas as áreas e ajudem na aprendizagem de qualquer conteúdo. De certa forma, todos os professores devem dar continuidade ao processo de alfabetização, em que os pequenos leem e escrevem sobre suas relações pessoais ou sociais e sobre as coisas da natureza, entre outros temas. 

Para cumprir esse objetivo, é igualmente importante lançar mão de vários meios e atender aos interesses de crianças e jovens, muitas vezes relacionados às novas tecnologias. Buscas pelo conteúdo de enciclopédias ou por letras de música podem ser feitas pela internet. Nada impede que, além de escreverem agendas e diários e publicarem notas nos murais da escola, eles enviem torpedos por celular, conversem em chats ou enviem mensagens por e-mail. Se houver equipamentos suficientes, os alunos podem registrar e editar seus textos em computadores. Se não, pode-se realizar atividades em grupo na própria escola ou em equipamentos públicos. A crescente importância desses meios é mais um estímulo para o domínio da escrita, até porque os CDs, DVDs e pendrives logo farão - se já não fazem - parte da vida escolar tanto quanto livros e cadernos. 

Com esses e outros meios, aprende-se a ler e escrever todo o tempo e em qualquer disciplina, e é ainda melhor quando a coordenação pedagógica orientar a equipe nesse sentido. O ideal é que todos sejam preparados para ações conjuntas, mas já faz uma enorme diferença se, antes de cada aula, os docentes souberem quais linguagens desenvolverão com os alunos e como vão estimulá-los a ler os textos e a escrever o que aprenderam, as dúvidas que restaram e seus pontos de vista sobre aspectos polêmicos.

Luis Carlos de Menezes
É físico e educador da Universidade de São Paulo (USP).

PROFESSORES COM UM NOVO OLHAR SOBRE AS ATIVIDADES DE LEITURA / NOVA ESCOLA


Professores com um novo olhar sobre as atividades de leitura
A prática deve estar estar presente em toda a trajetória do estudante

As atividades de leitura para fluência não se relacionam a atividades em que os alunos precisam decorar textos. A leitura deve ser a atividade central da proposta. A preparação da leitura dramática não deve direcionar esforços para confecção de cenários ou figurinos, pois corre-se o risco de envolver outros aspectos que não estão relacionados à leitura fluente. O ensaio é que deve ocupar lugar de destaque nessa atividade, uma vez que é necessário ensaiar várias vezes para que a apresentação atinja seu propósito. A intenção é garantir fluidez na leitura e não avaliar a capacidade do aluno de decorar com facilidade.

Também não se trata de dramatizações tão frequentemente utilizadas na escola. Dramatizar um texto não requer muita preparação anterior, pode ser feita com base em qualquer gênero e contar com improvisos. Parece assemelhar-se à encenação, mas o texto serve apenas como referência e não é lido nem decorado.

O trabalho com fluência leitora na escola deve ganhar um novo olhar por parte dos professores, visando promover momentos e atividades variadas a depender da turma, da experiência leitora e da faixa etária dos alunos. É preciso contar com propósitos claros e objetivos definidos em variadas séries/anos.

De modo geral, as atividades de leitura devem estar presentes em toda a escolaridade, começando com as turmas menores, com leituras diárias e conversas sobre as leituras, em que os alunos possam socializar suas interpretações e estabelecer relações com outras leituras. Com os maiores, os projetos e sequências didáticas de leitura aparecem com mais frequência, além da permanência da leitura diária feita compartilhadamente ou pelo professor.

Trabalhar fluência leitora na escola é o desafio proposto para ampliar a experiência dos alunos com os textos e colaborar na compreensão do que se lê, ajudando-os a interpretar e a argumentar a favor de seu ponto de vista. 

O QUE SIGNIFICA FLUÊNCIA LEITORA? NOVA ESCOLA


O que significa fluência leitora?
Objetivo da leitura influencia a fluência e a própria compreensão do texto

A leitura feita pelo aluno talvez seja a modalidade que atualmente mais precisa de investimento na escola, no sentido tratado neste artigo. É comum ouvirmos dizer que o computador, a televisão e os jogos de vídeo game são os maiores concorrentes da leitura, e que estão ganhando a disputa. Há uma queixa recorrente dos professores de que os alunos leem pouco, não leem bem, não entendem o que leem, ou seja, não são leitores fluentes. Mas o que é ler bem? O que significa fluência leitora?

Ler fluentemente não significa compreender o que se lê, pois é possível ler rapidamente sem entender o assunto de que trata o texto. A leitura de um texto requer conhecimento de seu propósito por parte dos alunos, já que fluência também tem a ver com a intenção da leitura: para que ler, quais estratégias poderão ser utilizadas e o que se espera ao final. E é importante expor aos alunos esses propósitos em cada atividade. Costumamos "tomar" um texto sempre com uma intenção e esta não necessariamente está vinculada ao gênero. Dessa forma, nem sempre vou ler obras literárias apenas para apreciá-las. Também posso ler para fazer um estudo sobre a época em que se passa um romance, ou para analisar o estilo empregado pelo autor, ou ainda para traçar um perfil dos personagens. Lemos notícias com intuitos variados, além de nos informarmos. Podemos ler para conhecer mais sobre outro país, para ampliar nosso conhecimento sobre um assunto específico, para estudar para uma prova etc. Essa intenção irá determinar minha leitura e a compreensão que tenho do assunto abordado por aquele texto.

De acordo com Antônio Gomes Batista, em Alfabetização, leitura e ensino de Português: desafios e perspectivas curriculares, "para que o aluno leia com fluência é fundamental que: possua um amplo domínio das relações entre grafemas e fonemas na ortografia do Português; automatize o processo de identificação de palavras (...); seja capaz de realizar uma leitura expressiva, que envolve uma adequada atenção aos elementos prosódicos, como entonação, ênfase, ritmo, apreensão de unidades sintáticas".

Falamos, portanto, da fluência leitora para alunos que já conquistaram a base alfabética do sistema de escrita, aqueles que já dominam a escrita e estabelecem relações entre grafemas e fonemas.

O leitor que ainda está preso à decifração dificilmente consegue entender o que aborda o texto lido, pois não utiliza as estratégias mais adequadas para a compreensão. É necessário um trabalho que o ajude a ir além da leitura "palavra a palavra" ou "sílaba a sílaba" para buscar outros meios de identificação que permitam tornar a leitura mais fluente, utilizando paralelamente os processos de decifração e compreensão.

A IMPORTÂNCIA DA LEITURA EM SALA DE AULA PARA A FLUÊNCIA LEITORA / NOVA ESCOLA



1. Leitura conquista espaço para ser atividade central nas aulas
Leitura compartilhada precisa ganhar espaço para promover o intercâmbio de ideias
Valquiria Pereira, formadora de professores do Ensino Fundamental 1

O trabalho com leitura parece estar em um novo patamar nas escolas nos últimos anos. Os professores compreendem a função da leitura em suas diferentes modalidades: leitura pelo professor, leitura pelo aluno, leitura compartilhada, leitura para apresentar aos outros. Ler e apreciar um texto, atribuir sentido a ele, reler, comentar, comparar com outras leituras, ouvir o que dizem outras pessoas sobre o mesmo texto e ampliar seu olhar são ações que a escola pode desenvolver com os alunos em diferentes faixas etárias.

A leitura feita pelo professor alcançou o "horário nobre" em muitas salas de aula e hoje não é mais vista como uma atividade sem grande importância, que é realizada se sobrar um tempinho no final do dia, ou ainda para que seja feita outra atividade com base nela. A leitura está se tornando uma atividade central da aula, ocorre diariamente e, com isso, os professores têm mostrado aos alunos sua importância. As crianças podem conhecer diversos gêneros textuais, escritores e suas obras, valorizar diferentes estilos e apreciar textos de qualidade, previamente selecionados pelo professor, que compartilha com elas os critérios de sua escolha.

A leitura compartilhada ou colaborativa - aquela em que alunos e professor leem juntos um mesmo texto e apresentam suas ideias e impressões acerca do que foi lido - tem como finalidade, segundo Kátia Bräkling, em Sobre a leitura e a formação de leitores, "ensinar a ler, ou seja, criar condições para que as estratégias de atribuição de sentido (sejam relativas à mobilização de capacidades de leitura, ou utilização de determinados procedimentos e desenvolvimento de comportamentos leitores) sejam explicitadas pelos diferentes leitores, possibilitando, dessa forma, que uns se apropriem de estratégias utilizadas por outros, ampliando e aprofundando sua proficiência leitora pessoal". A leitura compartilhada precisa ganhar mais espaço na escola com o intuito de dar aos alunos um modelo de leitor (o professor) e promover o intercâmbio de ideias sobre o que foi lido.

Comentar sobre o que leu ou ouviu ajuda a atribuir sentido ao texto. Ao ouvir um conto, notícia ou lenda, o aluno o interpreta com base em seus conhecimentos de mundo e de outros textos, do que sabe e conhece do gênero ou do autor, do que antecipou durante a leitura. Quando ouve outras interpretações sobre o mesmo texto, ele passa a considerar diferentes pontos de vista e revê os seus, modificando-os, ampliando-os ou reforçando-os. Considerar o que um colega compreendeu, que caminho percorreu para chegar àquela conclusão e localizar qual parte da leitura possibilitou sua análise, ajuda-o a buscar sentido, a entender melhor o conteúdo e a ampliar sua própria interpretação sobre aquele texto e sobre outras leituras.

NATAL - JOSÉ FERNANDES / GOIÁS

ESSE É UM DOS MELHORES POEMAS DE NATAL QUE JÁ FIZ. POR ISSO, ATRAVÉS DELE, PORQUE ELE É INTEIRAMENTE O NASCIMENTO DE CRISTO, DESEJO A TODOS OS MEUS AMIGOS FACEBOOKEANOS UM FELIZ NATAL E UM 2014 PLENO DE REALIZAÇÕES:

Natal - José Fernandes

Já estamos Natal: Yeshua Meshiach veio
da funda eternidade nesta noite, em tempo
de anjos e aleluias a clamarem adeste fideles,
laeti trinphantes, venite in refugium poetae


e recebei o renascimento no nome, na palavra
e nas conjugações do verbo tecendo mistérios
e enigmas do invisível e do inapreensível, sem
ascendente e sem aparência; mas é sempre


e para sempre onipresente em toda parte
e em parte alguma, impalpável, imperecível,
invisível; mas artigo de olho inteiro vendo
cum stupore o não-visto.

SOLIDÃO

                                                 SOLIDÃO


GÉLIDAS NOITES DE INVERNO
DE FRIAS MONTANHAS MUDAS
E O MAR NEGRO MAIS ETERNO
  MAIS TERRÍVEL, MAIS PROFUNDO.

ESTE RUGIDO  DAS ÁGUAS
É UMA TRISTEZA SEM FORMA:
SOBE ROCHA, DESCEM FRÁGUAS,
VEM PARA O MUNDO E RETORNA...

E A NÉVOA DESMANCHA OS ASTROS,
E O VENTO GIRA AS AREIAS,
NEM PELO CHÃO FICAM RASTROS,
NEM PELO SILÊNCIO, ESTRELAS.

ODENILDE  N. MARTINS

Elis Regina - Corsário (Original)



Corsário
Elis Regina


Meu coração tropical está coberto de neve,
mas ferve em seu cofre gelado,
a voz vibra e a mão escreve mar
bendita lâmina grave que fere a parede e traz
as febres loucas e breves que mancham o silêncio e o cais.

Roseirais, nova Granada de Espanha,
por você eu, teu corsário preso,
vou partir a geleira azul da solidão e buscar a mão do mar
me arrastar até o mar, procurar o mar.

Mesmo que eu mande em garrafas mensagens por todo o mar
meu coração tropical partirá esse gelo e irá
como as garrafas de náufrago e as rosas partindo o ar
nova Granada de Espanha e as rosas partindo o ar.

Vou partir a geleira azul da solidão e buscar a mão do mar
me arrastar até o mar, procurar o mar.

Mesmo que eu mande em garrafas mensagens por todo o mar
meu coração tropical partirá esse gelo e irá
como as garrafas de náufrago e as rosas partindo o ar
nova Granada de Espanha e as rosas partindo o ar.

Mesmo que eu mande em garrafas mensagens por todo o mar
meu coração tropical partirá esse gelo e irá.

Gal Costa, Chico Buarque e Milton Nascimento - Sabiá

Roberta Sá - DVD Pra Se Ter Alegria - Extras - HQ (Alta Qualidade) Legen...

Geni e o Zepelim- Chico Buarque De Holanda na voz de Letícia Sabatella

Roberta Sá e Ney Matogrosso - Lavoura (Original) QUATRO DA MANHÃ, DOR NO APOGEU, A LUA JÁ SE ESCONDEU, VESTINDO O CÉU DE PURO BREU...LINDOOOOOOOOOOOOOOO

Ney Matogrosso - URUBU MALANDRO (Louro & Braguinha) URUBU VEIO DE CIMA COM FAMA DE DANÇADOR ... TIROU DAMA E NÃO DANÇOU!!!

Tico Tico no Fubá - Ney Matogrosso QUE INTERPRETAÇÃO MARAVILHOSA!!!! GRANDE NEY!!!

Samba rasgado - Ney Matogrosso.mpg

Angela Ro Ro e Ney Matogrosso - Amor Meu Grande Amor

Beija-me- Ney Matogrosso.mpg

Ney Matogrosso - Invento (Vídeo Clipe) - letra e música



Invento
Ney Matogrosso

Vento
Quem vem das esquinas
E ruas vazias
De um céu interior

Alma
De flores quebradas
Cortinas rasgadas
Papéis sem valor

Vento
Que varre os segundos
Prum canto do mundo
Que fundo nao tem

Leva
Um beijo perdido
Um verso bandido
Um sonho refém

Que eu não possa ler, nem desejar
Que eu não possa imaginar

Oh, vento que vem
Pode passar
Inventa fora de mim
Outro lugar

Vento
Que dança nas praças
Que quebra as vidraças
Do interior

Alma
Que arrasta correntes
Que força as batentes
Que zomba da dor

Vento
Que joga na mala
Os móveis da sala
E a sala também

Leva
Um beijo bandido
Um verso perdido
Um sonho refém

Que eu não possa ler, nem desejar
Que eu não possa imaginar

Oh, vento que vem
Pode passar
Inventa fora de mim
Outro lugar


Ney Matogrosso canta "Ex- amor" no Sambabook Martinho da Vila

Simone e Ney Matogrosso | Último Desejo | Rio Show Festival | 1992

Roberta Sá: Pavilhão de Espelhos / Segunda Pele (+playlist)

A flor e o espinho O sol nascerá Não Quero Mais Amar A Ninguém Rob...

CURVAS!



GOSTO DAS CURVAS!

DAS CURVAS DAS ESTRADAS

DOS RIOS

DAS ÁRVORES.

GOSTO MESMO É DAS CURVAS!

DE TODAS AS CURVAS!

AINDA GOSTO MAIS DAQUELAS QUE TENS EM TI.

AS CURVAS DE TUA BOCA, DO SEU OLHAR,

QUANDO FOGE DO MEU,

PARA NADA REVELAR!

CURVAS QUE NÃO APONTAM UM CAMINHO

MISTERIOSAS! INESPERADAS.

O INESPERADO!

FASCINANTE , POR VEZES, TORTUOSO.

É DAS CURVAS QUE GOSTO MAIS!

SINUOSAS QUE INSINUAM,

ÀQUELAS QUE CONHECIDAS,

RESERVAM SURPRESAS, SEMPRE!

QUE MOSTRAM-SE QUASE NADA!

QUE NÃO ME TIRAM A VIBRANTE DESCOBERTA!

AH! QUE PENA SINTO DAS RETAS!

TIÊ-SANGUE

TIÊ-SANGUE

EM ALVÍSSIMOS LENÇÓIS DE SEDA, 
DEITA-ME  BELO, O TIÊ-SANGUE.
TRAZ A NOITE EM SUAS ASAS NEGRAS
 PROMESSA DE PAIXÃO, O  CORPO,  LABAREDA.

LEGISLADOR DE MIM EM FRENESI
SUPLÍCIO NOS INCONCILIÁVEIS  SENTIMENTOS,
EM ÊXTASE  E DE AMOR BÊBADA
ME   TOMA O JUÍZO E ... VOA!

AMOU-ME  O TIÊ-SANGUE! DEPOIS,
PARTIU LIGEIRO. JÁ DEBRUÇA-SE
SOBRE  OUTRA FRUTA MADURA,
OLHAR MAROTO, SORRISO BREJEIRO.

NA ALVURA DE OUTRO LENÇOL,
SUGA A DOÇURA DE  UMA  AMORA
LÂNGUIDO, ESPARRAMA-SE  FACEIRO
INCONSTANTE,  TEM PRESSA EM PARTIR,
  ELE AGORA.

ODENILDE N. MARTINS

DANÇA!


ESPIANDO DA JANELA, A MOÇA PÁLIDA

CONTEMPLA A BELEZURA DA NOITE,

DA MANSA BRISA QUE SE ESPALHA, CÁLIDA

NO ROSTO MAGRO, A CARÍCIA DO AÇOITE.


NO RODOPIAR DE IMAGINÁRIA VALSA

ENAMORADO BAILA SEU CORAÇÃO

NOS BRAÇOS DO BEM-AMADO,

A VOLÚPIA DISFARÇADA,

DÃO-SE, OS AMANTES, AS MÃOS.


DANÇA, MOÇA PÁLIDA, DANÇA!

DANÇA QUE A NOITE É TODA TUA.

E, DESPUDORADA, LUA BELA E CHEIA, 


A TI, MOSTRA-SE NUA!

ODENILDE N. MARTINS - 

NASCI PEDRA E BARRO - POEMA -JOSÉ FERNANDES

SOPREI AGORA ESSE RASCUNHO DE POEMA QUE DEDICO AO POETA E AMIGO MANOEL DE BARROS:

NASCI PEDRA E BARRO

A Manoel de Barros, que sabe a palavra
e seu silêncio limoso.

Nasci à beira de São José de Botas,
na sombra de uma pedra cachoeira
que deslizava minha voz fonte abaixo.

Eu passeava poeira e lama, quando sentia
Adão saindo do barro pelas mãos do Deus
que lhe soprou na moleira para que ele saísse
das trevas primitivas e viajasse pelo paraíso.

Aos cinco anos, eu conversava com as pedras
que me diziam para eu fazer bois de chuchu
e soprasse sobre eles para eles voarem sobre
o lombo das montanhas e levassem meu eco
até os confins das rãs que coaxavam silêncios.

Eu não tinha amigos naqueles ermos, por isso
brincava de pregar água no barro e de descaroçar
borboletas na desordem do silêncio com seu vôo
de coruja que, todas as noites, diziam que amanhã
viriam à minha casa sem saírem de seu eco morro
grota adentro grota afora.

Tempos depois, arranjei um colega que carregava
leite em jacá para a fábrica de sonhos vistos só-
mente em olhos de sapos que socavam café,
corriam de coelhos e confundiam as falas do brejo.

Nessa época, eu comecei a ser natureza de sapo
na água que bebia e na língua que esticava palavras
no meio do vento que murmurava segredos na parede
do meu quarto durante os medos da noite.

Mais tarde, comecei a tecer silêncios pelos trilhos
que levassem a uma palavra que quisesse poemar-se.

Manoel de Barros, 97 anos.

José Fernandes - Goiânia 

MELHORES MÚSICAS CAIPIRAS DE TODOS OS TEMPOS - FOLHA ONLINE - FOLHA DE SÃO PAULO

16/03/2009 - 08h12

Veja quais são as melhores músicas caipiras de todos os tempos

PUBLICIDADE
da Folha Online
Confira as 78 canções lembradas por críticos e compositores em enquete realizada pela "Ilustrada". Leia ainda os votos de cada um dos críticos e dos músicos consultados.

10 votos

1. "Tristeza do Jeca" (Angelino de Oliveira)

Gravação de Tonico e Tinoco, 1958

"Eu nasci naquela serra

Num ranchinho beira-chão

Todo cheio de buracos

Onde a luz faz clarão"

2. "O Menino da Porteira" (Luizinho e Teddy Vieira)

Gravação de Sérgio Reis, 1973

"Toda vez que eu viajava

Pela estrada de Ouro Fino

De longe eu avistava

A figura de um menino"

3. "Chico Mineiro" (Tonico e Francisco Ribeiro)

Gravação de Tonico e Tinoco, 1958

"Fizemos a última viagem

Foi lá pro sertão de Goiás

Fui eu e o Chico Mineiro

Também foi um capataz"

6 VOTOS

4. "Chalana" (Mário Zan e Arlindo Pinto)

Gravação de Almir Sater, 1992

"Ah! Chalana sem querer

Tu aumentas minha dor

Nessas águas tão serenas

Vai levando meu amor"

5 VOTOS

5. "Cabocla Tereza" (Raul Torres e João Pacífico)

Gravação de Raul Torres e Florêncio, 1936

"Há tempos eu fiz um ranchinho

Pra minha cabocla morar"

6. "A Moda da Mula Preta" (Raul Torres)

Gravação de Torres e Florêncio, 1945

"Eu tenho uma mula preta

Com sete palmo de altura"

7. "Luar do Sertão" (João Pernambuco e Catulo da Paixão Cearense)

Gravação de Pena Branca e Xavantinho, 1995

"Não há, oh gente, oh não

Luar como esse do sertão"

8. "Rio de Lágrimas" (Piracy, Lourival dos Santos e Tião Carreiro)

Gravação de Inezita Barroso, 1972

"O rio de Piracicaba

Vai jogar água pra fora"

4 VOTOS

9. "Pagode em Brasília" (Teddy Vieira e Lourival dos Santos)

Gravação de Tião Carreiro e Pardinho, 1960

"Quero ver cabra de peito

Pra fazer outra Brasília"

10. "Moda da Pinga" (Ochelsis Laureano e Raul Torres)

Gravação de Inezita Barroso, 1955

"Com a marvada pinga

É que eu me atrapaio"

11. "Saudade da Minha Terra" (Goiá e Belmonte)

Gravação de Belmonte e Amaraí (3 votos), 1966

"De que me adianta viver na cidade

Se a felicidade não me acompanhar"

3 VOTOS

12. "Estrada da Vida" (com Milionário e José Rico, 1980)

13. "Ferreirinha" (com Tião Carreiro e Pardinho, 1974)

14. "Moreninha Linda" (com Tonico e Tinoco, 1961)

15. "Romaria" (com Renato Teixeira, 1978)

16. "É o Amor" (com Zezé di Camargo e Luciano, 1991)

17. "Meu Primeiro Amor" (com Cascatinha e Inhana, 1952)

2 VOTOS

18. "Moda do Bonde Camarão" (com Cornélio Pires)

19. "Chico Mulato" (com Raul Torres e João Pacífico)

20. "Flor do Cafezal" (com Cascatinha e Inhana)

20. "Pingo d'Água" (com Torres e Florêncio)

22. "Canoeiro" (com Zé Carreiro e Carreirinho)

23. "Calix Bento" (com Pena Branca e Xavantinho)

24. "Um Violeiro Toca" (com Almir Sater)

25. "Maringá" (com Inezita Barroso)

26. "Chitãozinho e Xororó" (com Chitãozinho e Xororó)

27. "Majestade o Sabiá" (com Jair Rodrigues, Chitãozinho e Xororó)

28. "Rei do Gado" (com Tião Carreiro e Pardinho)

28. "Sonora Garoa" (com Passoca)

1 VOTO

30. "Jorginho do Sertão" (com Serrinha e Zé do Rancho)

30. "Lembranças de um Boiadeiro" (com Tonico e Tinoco)

30. "No Rancho Fundo" (com Elisinha)

33. "Asa Branca" (com Luiz Gonzaga)

33. "A Dor da Saudade" (com Mazzaropi)

33. "Luar Cor de Prata" (com Pedro Bento e Estrada)

33. "Mágoas de Boiadeiro" (com Pedro Bento e Estrada)

33. "Pé de Ipê" (com Tonico e Tinoco)

38. "Adeus Guacira" (com Cascatinha e Inhana)

38. "Azulão" (com Eliete Negreiros)

38. "Mestiça" (com Dois Turunas)

38. "Saudades de Matão" (com Inezita Carroso))

38. "Velho Pai" (com Léo Canhoto e Robertinho)

43. "Fio de Cabelo" (com Chitaozinho e Xororó)

43. "Fiz a Cama na Varanda" (com Conjunto Farroupilha)

43. "Paineira Velha" (com Zé Fortuna e Pitangueira)

46. "Casinha Pequenina" (com Cascatinha e Inhana)

46. "Tocando em Frente" (com Maria Bethania)

46. "Vestido de Seda" (com Teodoro e Sampaio)

49. "Camisa Branca" (com Duo Glacial)

49. "Cuitelinho" (com Pena Branca e Xavantinho)

49. "É Necessário" (com Tetê e o Lírio Selvagem)

49. "Poeira" (com Inezita Barroso)

49. "Seresta" (com Rolando Boldrin)

54. "Cai Sereno" (com Irmãs Castro)

54. "Cheiro de Relva" (com Irmãs Galvão)

54. "Dia da Formatura" (com Nalva Aguiar)

54. "Jogo da Vida" (com Milionário e José Rico)

54. "Mourão da Porteira" (com Tonico e Tinoco)

54. "Ontem ao Luar" (com Paraguaçu)

54. "Princesinha" (com Pereira da Viola)

61. "A Baixa do Café" (com Alvarenga e Ranchinho)

61. "Carreiro Bão" (com Rolando Boldrin)

61. "Casa de Caboclo" (com Inezita Barroso)

61. "Coração Cigano" (com Gino e Geno)

61. "Vide Vida Marvada" (com Rolando Boldrin)

61. "Fogão de Lenha" (com Rolando Boldrin)

61. "Pensa em Mim" (com Leandro e Leonardo)

68. "Ainda Ontem Chorei de Saudade" (com João Mineiro e Marciano)

68. "Caboclo Magoado" (com Raul Torres e Serrinha)

68. "Castelo de Amor" (com Trio Parada Dura)

68. "Índia" (com Cascatinha e Inhana)

68. "Mazzaropi" (com Pena Branca e Xavantinho)

68. "Orgulhosa e Bonita" (com Tibagi e Miltinho)

68. "Piracicaba" (com Mariano e Cobrinha)

75. "Baldrama Macia (com Luiz Gonzaga)

75. "Cana Verde" (com Tonico e Tinoco)

75. "A Coisa Tá Feia" (com Tião Carreiro e Pardinho)

75. "Fuscão Preto" (com Trio Parada Dura)

Observação:

O critério de desempate para as músicas com o mesmo número de votos se baseia na colocação escolhida pelos eleitores. Exemplo: "Estrada da Vida" teve três votos --em 1º, 3º e 6º lugares-- e ficou na frente de "É o Amor", com três votos --em 4º, 6º e 10º lugares.

Da mesma forma, em 30º lugar estão empatadas três canções que foram lembradas uma única vez, mas em 1º na lista do eleitor. Já em 75º, estão quatro músicas que foram citadas uma vez, em 10º na lista.

Tonico e Tinoco-Tristeza do Jeca(1958) MÚSICA / LETRA / REPORTAGEM DA FOLHA DE S. PAULO




Tristeza do Jeca

Nestes versos tão singelos
Minha bela, meu amor
Pra você quero cantar
O meu sofrer, a minha dor
Eu sou como o sabiá
Que quando canta é só tristeza
Desde o galho onde ele está

Nesta viola eu canto e gemo de verdade
Cada quadra representa uma saudade

Eu nasci naquela serra
Num ranchinho beira-chão
Todo cheio de buraco
Onde a luz faz clarão
Quando chega a madrugada
Lá no alto a passarada
Principia um barulhão

Nesta viola eu canto e gemo de verdade
Cada quadra representa uma saudade

Lá no mato tudo é triste
Desde o jeito de falar
Pois o jeca quando canta
Tem vontade de chorar
E o choro que vai caindo
Devagar vai se sumindo
Como as águas vão pro mar

Nesta viola eu canto e gemo de verdade
Cada quadra representa uma saudade


16/03/2009 - 08h10
"Tristeza do Jeca" é a melhor música caipira de todos os tempos
PUBLICIDADE

IVAN FINOTTI
da Folha de S.Paulo

"Uma música especial, com letra bela, mas diferente do que tocam por aí", aprovou o doutor Nestor Seabra. Era uma tarde de 1918 e o elogio se dirigia ao autor da singela canção, Angelino de Oliveira, um dentista, mas que também vendia imóveis, liderava o trio Viguipi (violino, guitarra, piano) e, vez por outra, ainda assinava como escrivão de polícia de Botucatu.

Já o Nestor Seabra --presidente do Clube 24 de Maio, um dos mais tradicionais da cidade-- era quem havia encomendado a tal da "música especial" ao multifacetado Angelino.
Folha Imagem

Dupla sertaneja Tonico e Tinoco; os dois foram os intérpretes mais lembrados na enquete


E foi no 24 de Maio, sob o olhar satisfeito do doutor presidente, que Angelino tocou e cantou "Tristeza do Jeca" pela primeira vez. "Teve de bisar a música cinco vezes", conta o jornalista e pesquisador Ayrton Mugnaini Jr., autor da "Enciclopédia das Músicas Sertanejas" (Letras & Letras, 2001).

Noventa anos depois, "Tristeza do Jeca" é a campeã de uma eleição feita, a pedido da Folha, por um grupo de 16 críticos, pesquisadores e compositores. Sem ser científica ou estatística, a enquete aponta alguns dos maiores clássicos da música caipira e ajuda qualquer interessado pelo gênero a montar um CD danado de bão.

Tatu

Inspirada no Jeca Tatu, personagem do livro "Urupês" --que Monteiro Lobato havia lançado naquele mesmo longínquo 1918--, "Tristeza do Jeca" deixou marcas profundas.

"O tom desencantado da letra deu, por um tempo, ideia de que música caipira tratasse só de morte, de tragédia, o que não é verdade", afirma José Hamilton Ribeiro, autor do livro "Música Caipira - As 270 Maiores Modas de Todos os Tempos" (ed. Globo, 2006).

Já o jornalista Marcelo Tas, fã apaixonado do estilo sertanejo, recorre a lembranças interioranas para justificar seu voto: "Que me desculpem Tonico e Tinoco, mas o melhor intérprete desta canção foi meu 'vô' João. Nas festas da família lá em Ituverava, sempre chegava a hora dele cantar, cheio de orgulho e com uma verdade doída saindo do peito, que 'nasceu num ranchinho à beira-chão todo cheio de buraco onde a lua faz clarão'. Todo mundo deixava o que estava fazendo para ir correndo ver o show. Um verdadeiro 'resumo da ópera' caipira."

Além deles, votaram os historiadores Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello (ambos autores de "A Canção no Tempo", Editora 34, 1997), Fernando Faro (criador do programa "Ensaio"), Rosa Nepomuceno (autora de "Música Caipira -Da Roça ao Rodeio", editora 34, 1999), Aloisio Milani (roteirista do "Viola, Minha Viola"), Assis Ângelo (autor do "Dicionário Gonzagueano, de A a Z"), Carlos Rennó (organizador de "Gilberto Gil - Todas as Letras), Luís Antônio Giron (editor de cultura da revista "Época") e Marcus Preto (colaborador da Ilustrada).

Quatro artistas também participaram: Tinoco (da dupla com Tonico), Zezé di Camargo, Renato Teixeira e a dupla Milionário e José Rico, que votaram em dupla. As listas completas, com a ordem de votação de cada eleitor, e alguns comentários sobre cada canção, podem ser lidas em www.folha.com.br/090651.

Tuia

"Tristeza do Jeca" --assim como a maioria das 78 músicas citadas na votação-- foi gravada e regravada por todo mundo, no meio sertanejo e fora dele. No filme "2 Filhos de Francisco" (2005) foi a vez de Maria Bethânia e Caetano Veloso.

Mas a versão mais votada pelos especialistas consultados foi mesmo a de Tonico e Tinoco. "Ela abria e fechava o 'Na Beira da Tuia', nosso programa na rádio Bandeirantes", lembra Tinoco, 88.

"Tuia? Ora, tuia é onde a gente guarda enxada, saco de milho, essas coisas... Mas esse povo da cidade não tem 'curtura' nenhuma 'mermo'..."

Evidências - Chitãozinho e Xororó - DVD Sinfônico 2011



Evidências
Chitãozinho & Xororó

Quando eu digo que deixei de te amar
É porque eu te amo
Quando eu digo que não quero mais você
É porque eu te quero
Eu tenho medo de te dar meu coração
E confessar que eu estou em tuas mãos
Mas não posso imaginar
O que vai ser de mim
Se eu te perder um dia

Eu me afasto e me defendo de você
Mas depois me entrego
Faço tipo, falo coisas que eu não sou
Mas depois eu nego
Mas a verdade
É que eu sou louco por você
E tenho medo de pensar em te perder
Eu preciso aceitar que não dá mais
Pra separar as nossas vidas

E nessa loucura de dizer que não te quero
Vou negando as aparências
Disfarçando as evidências
Mas pra que viver fingindo
Se eu não posso enganar meu coração?
Eu sei que te amo!

Chega de mentiras
De negar o meu desejo
Eu te quero mais que tudo
Eu preciso do seu beijo
Eu entrego a minha vida
Pra você fazer o que quiser de mim
Só quero ouvir você dizer que sim!

Diz que é verdade, que tem saudade
Que ainda você pensa muito em mim
Diz que é verdade, que tem saudade
Que ainda você quer viver pra mim


Composição: Jose Augusto / Paulo S. Valle

Tonico e Tinoco-Facão De Penacho

Sonhos - Paulinho Moska

Adriana Calcanhotto & Paulinho Moska - Esquadros

Carne e Osso -- Zélia Duncan & Paulinho Moska

AINDA BEM !! Marisa Monte / É PARA VOCÊ MEU BEM!!!!!

Ana Carolina - Homens E Mulheres

OS TRÊS PORQUINHOS REAÇAS - HUMOR


ESCRITO POR FELIPE MELO | 27 MARÇO 2013 
ARTIGOS - HUMOR

Era uma vez três porquinhos: Cícero, Heitor e Prático. Um belo dia, os três porquinhos decidiram sair da casa de sua mãe e construir as próprias casas. Cícero construiu para si uma casa de palha, Heitor, uma casa de madeira, e Prático, uma casa de tijolos. Cícero e Heitor construíram rapidamente suas casas, enquanto Prático demorou mais para construir a sua, já que era mais difícil erguer paredes de tijolos do que de palha ou de madeira.


Certa vez, apareceu um lobo nas redondezas. Movido por sua natureza predatória, o lobo quis devorar os porquinhos. Indo à casa de Cícero, o lobo bateu à porta. Cícero se escondeu, mas o lobo derrubou a casa com seu poderoso sopro, fazendo Cícero fugir. Em seguida, o lobo foi à casa de Heitor, que também se escondeu quando o lobo bateu à porta. Novamente, o lobo usou seu sopro poderoso, derrubando a casa do segundo porquinho, que fugiu para a casa de seu irmão Prático – onde encontrou Cícero, que fugira para lá antes.

O lobo, então, foi à casa de Prático. Tentou derrubar a casa, mas não conseguiu, pois a casa de tijolos era bem forte. Então, o lobo empreendeu uma nova tática e, vendo que a casa tinha uma chaminé, tentou usá-la para entrar na casa. No entanto, Prático acendeu o fogo e pôs sobre ele uma panela, que começou a queimar a cauda do lobo. O lobo fugiu, machucado, e os porquinhos ficaram a salvo. Mas não por muito tempo.

Dias depois, todos os jornais noticiaram que o pobre lobo havia sido discriminado pelos três porquinhos, que haviam adotado uma postura conservadora e reacionária contra o lobo por não quererem entender a sua natureza. O lobo entrou com uma representação na Secretaria Especial da Igualdade Animal da Presidência da República, que encaminhou o caso ao Ministério Público Animal. O Ministério Público Animal, após alguns dias de investigação, encaminhou denúncia à Justiça Animal contra os três porquinhos por especismo (preconceito contra uma espécie) e tentativa de lupicídio. Diversas ONGs do movimento lupino promoveram “esculachos” na frente da casa dos porquinhos, denunciando o inaceitável conservadorismo suíno. O Conselho Lupinista Missionário publicou uma carta-aberta do lobo, denunciando que o ato cometido contra ele pelos porquinhos representava o genocídio que a nação lupina sofria nas mãos da elite suína.

A comoção nacional foi geral. Passeatas foram convocadas nas redes sociais contra o genocídio lupino, com os revoltados acrescentando em seus nomes o termo Loboni-Uivoá em homenagem ao pobre lobo. Personalidades animais manifestaram-se no Twitter, deram declarações a jornais e revistas, e até um vídeo foi elaborado com atores de uma prestigiosa emissora de televisão para sensibilizar as pessoas. O Executivo criou a Campanha do Despanelamento com a justificativa de recolher as panelas clandestinas para reduzir os índices de violência e promover uma cultura de paz. As ONGs do movimento lupino entraram com uma ação de expropriação contra os porquinhos com base em estudos que apontavam que aquela região pertencia originalmente aos ancestrais lupinos, expulsos dali pelo agronegócio suíno muitas décadas antes. A Justiça Animal considerou a ação procedente, acatou o pedido e despejou os porquinhos, ordem que foi cumprida pela Força de Segurança Animal, dando a casa para o lobo. Presos, os porquinhos foram condenados pela Justiça Animal pelos crimes de tentativa de lupicídio e especismo, o que rendeu a eles uma pena bastante pesada. Importantes apoiadores da causa lupina, como o Frei Lobonardo Boff, disseram que aquele era um dia especial para todas as vítimas do especismo reacionário dos porcos brancos de olhos azuis, e outros aplaudiram a decisão da Justiça Animal, que certamente representava a valorização das lutas históricas dos povos lupinos.

Em tempo: esta é uma adaptação livre de um conto infantil, e se trata apenas de uma pequena obra de ficção. Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.

Felipe Melo edita o blog da Juventude Conservadora da UnB.

MÍDIA DEM MÁSCARA




PAI DO TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO DE DECLARA UM MENTIROSO / E AGORA????????



ESCRITO POR WND.COM | 12 DEZEMBRO 2013 
ARTIGOS - CIÊNCIA

“TDAH é o principal exemplo de uma doença fictícia”. 


Essas foram as palavras de Leon Eisenberg, o “pai científico do TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade)”, em sua última entrevista antes de falecer.

Leon Eisenberg teve uma vida luxuosa com sua “doença fictícia”, graças às vendas de medicamentos. Coincidentemente, ele recebeu o “Prêmio Ruane para Pesquisas Psiquiátricas com Crianças e Adolescentes” (Ruane Prize for Child and Adolescent Psychiatry Research). Ele foi um líder na psiquiatria infantil por mais de 40 anos com seu trabalho em experimentos, pesquisas, aulas e políticas sociais na área da farmacologia, e por suas teorias sobre autismo e medicina social”, segundo o jornal Psychiatric News.

Pois é, até admitiram que são TEORIAS. A indústria médica está utilizando o pretexto de ajudar crianças para despersonalizar nossos filhos e desconectá-los de uma criação saudável e normal. Pais estão expondo seus filhos a essas drogas e sujeitando-os ao que o mundo tem a oferecer, quando na verdade tudo o que essas crianças buscam é seus pais, na esperança de ser a bênção que Deus quer que eles sejam.

Nos Estados Unidos, um em cada 10 meninos na faixa de 10 anos toma medicação para TDAH diariamente… e a tendência é de aumento. E com a ajuda das pesquisas do programa Teen Screen nas escolas públicas, estão tentando preparar o estudante para o fracasso.

A psicóloga americana Lisa Cosgrove e outros profissionais revelam os fatos em seu estudo Financial Ties between DSM-IV Panel Members and the Pharmaceutical Industry (Ligações Financeiras entre os Grupos de Trabalho do DSM-IV e a Indústria Farmacêutica) [DSM-IV é a 4º revisão do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais da Associação Americana de Psiquiatria]. Eles descobriram que “Dos 170 membros do comitê, 95 (56%) tinham uma ou mais ligações financeiras com empresas da indústria farmacêutica. Cem por cento dos membros dos grupos de trabalho para ‘transtornos de humor’ e ‘esquizofrenia e outros distúrbios psicóticos’ tinham ligações financeiras com empresas farmacêuticas”.

E eles estão colhendo enormes benefícios dessa “doença fictícia”. Por exemplo, o diretor assistente da Unidade de Psicofarmacologia Pediátrica do Hospital Geral de Massachusetts e professor associado de psiquiatria na Faculdade de Medicina de Harvard recebeu “um milhão de dólares em rendimentos de empresas farmacêuticas entre 2000 e 2007”.

Marc-André Gagnon e Joel Lexchin, que há algum tempo pesquisam sobre publicidade farmacêutica, realizaram um estudo que mostra que a indústria farmacêutica americana gastou 24,4% das vendas em dólar em publicidade, contra 13,4% em pesquisa e desenvolvimento no ano de 2004. Isso é quase duas vezes mais dinheiro para empurrar suas drogas nas pessoas que para pesquisar e garantir que são seguras!

Isso levanta a seguinte questão: Será que essas drogas são seguras?

Veja você mesmo os alertas contidos nos remédios de tarja preta, e irá se impressionar com os efeitos colaterais listados na bula:

* Confusão
* Despersonalização
* Hostilidade
* Alucinações
* Reações maníacas
* Pensamentos suicidas
* Perda de consciência
* Delírios
* Sensação de embriaguez
* Abuso de álcool
* Pensamentos homicidas

Por que algum pai iria submeter seus filhos a drogas com efeitos colaterais tão perigosos?

O Dr. Edward C. Hamlyn, membro fundador do Colégio Real de Clínicos Gerais da Grã-Bretanha, afirmou em 1998 que “o TDAH é uma fraude cuja intenção é justificar a iniciação das crianças a uma vida de vício em drogas”.

O “déficit de atenção” está na responsabilidade dos pais, não na criança. A Bíblia nos diz que o cabe aos pais ensinar “a criança no caminho em que deve andar, e mesmo quando for idosa não se desviará dele!” (Provérbios 22:6 KJA), e não o contrário.

MÍDIA SEM MÁSCARA

Tradução: Luis Gustavo Gentil 


AMADURECER

Amadurecer não é envelhecer,
é só ficar mais leve,
levar tudo menos a sério,
principalmente a si mesmo...
Amadurecer é entender o transitório
e dele tirar partido para
não se prender em nada ilusório...
Amadurecer é saber que tudo
mais cedo ou mais tarde
vai se resolver...
Amadurecer é aceitar que não...
tem o controle de nada,
nem da necessidade de acreditar...
... que tem...

(desconheço o autor)

MEUS NATAIS - POEMA - DE MEU AMIGO JOSÉ FERNANDES

MEUS NATAIS
José Fernandes

O meu Natal era, realmente, o nascimento
do Menino, encanto de meu pequeno mundo
que corcoveava o lombo das montanhas
e se perdia atrás da nuvem que lhes beijava
o silêncio, em que me perdia em esvaído eco.

O meu Natal era o sorriso Menino no fundo
da manjedoura encimado pelo anjo medroso
que fugia dos chifres do casal que espantava
o frio, deitado diante do mistério da estrela
de seis pontas que alumiava o claro enigma.

O meu Natal era o prodígio de velocípedes,
e triciclos alegres correndo pelas calçadas
e pelos desejos colocados em chinelo vazio,
aguardando um velhinho que, creio, pensava
sapatos inexistentes em minha janela pobre.

Em meu Natal, a lama espantava as renas
e o mau velhinho acostumados à cidade
de luzes burguesas desenhando tritrilhos
e caminhos que o trenó ignorava e temia,
com medo de perder-se da estrela guia.

Em meu Natal, a noite esticava-se no sempre
de todas as sombras, sem ceia e sem a árvore
presente no canto de alguma lembrança antiga,
e o almoço apenas trazia o sonho de assados
cheirados às calçadas, na viagem ao Presépio.

14-12-13

A REGRA FUNDAMENTAL DA VIDA

A Regra Fundamental de Vida
Quando nós dizemos o bem, ou o mal... há uma série de pequenos satélites desses grandes planetas, e que são a pequena bondade, a pequena maldade, a pequena inveja, a pequena dedicação... No fundo é disso que se faz a vida das pessoas, ou seja, de fraquezas, de debilidades... Por outro lado, para as pessoas para quem isto tem alguma importância, é importante ter como regra fundamental de vida não fazer mal a outrem. A partir do momento em que tenhamos a preocupação de respeitar esta simples regra de convivência humana, não vale a pena perdermo-nos em grandes filosofias sobre o bem e sobre o mal. «Não faças aos outros o que não queres que te façam a ti» parece um ponto de vista egoísta, mas é o único do gênero por onde se chega não ao egoísmo, mas à relação humana. 

José Saramago
José Saramago, in "Revista Diário da Madeira, Junho 1994"

O EXÍLIO E O REINO - ALBERTO CAMUS / CONTOS

O absurdo da condição humana 
Por Pedro Maciel 

Fragmentos de " O Renegado ou um Espírito Confuso ", de Albert Camus

Que confusão, que confusão! É preciso colocar ordem na minha cabeça. Desde que cortaram minha língua, uma outra língua, sei lá, funciona sem parar no meu crânio, alguma coisa fala, ou alguém, que de repetente se cala para recomeçar tudo outra vez, ah ouço coisas demais que no entanto não digo, que confusão, e, se abro a boca, é como um ruído de pedrinhas remexidas. Ordem, uma ordem, diz a língua, e fala de outra coisa ao mesmo tempo, sim sempre desejei a ordem. Pelo menos, uma coisa é certa, espero o missionário que deve vir me substituir. Estou aqui na trilha, a uma hora de Taghâza, escondido num monte de rochedos, sentado sobre o velho fuzil. O dia nasce sobre o deserto, faz frio demais ainda, logo fará calor demais, esta terra enlouquece e eu, há tantos anos que até já perdi a conta... Não, mais um esforço! O missionário deve chegar esta manhã, ou esta noite. Ouvi dizer que ele viria com um guia, pode ser que tenham apenas um camelo para os dois. Vou esperar, estou esperando, o frio, só o frio me faz tremer. Continue a esperar, escravo imundo! 

Faz tanto tempo que espero. (...)

Não desejo mais ser feliz e sim apenas estar consciente. 
A. Camus 

O Exílio e o Reino , é o último livro de ficção publicado por Albert Camus (1913-1960) e o único livro de contos. Não se sabe se o autor continuaria a escrever narrativas curtas. A Queda (1956) era um dos textos que deveria fazer parte da coletânea, mas Camus acabou transformando-o em um romance. Ao comentar o livro O Estrangeiro (1957), Jean-Paul Sartre diz que Camus jamais se valeria da mesma técnica narrativa que empregara naquele romance. Uma das características de Camus é que ele se renova a cada livro. O Exílio e o Reino que tem o Brasil por cenário, é a prova da variedade estilística do autor. O exílio fala da solidão do estrangeiro, de sua marginalização e "recusa à representação de um papel que a sociedade lhe atribui", enquanto o reino é o paraíso da história particular, universal, lugar onde o homem encontra a suposta felicidade. 

A coletânea (seis contos) é uma síntese da obra camusiana. O narrador explora os temas que sempre o atormentaram, como a solidão e o destino do homem diante do mundo indiferente, e o absurdo da condição humana. Através do "absurdo" o autor decifra o verdadeiro sentido da vida. Mas a vida, segundo Camus, será vivida melhor ainda se não tiver sentido. 

Certa vez o próprio Camus contestou sua condição de escritor do absurdo ao perguntar: "Que fiz mais, entretanto, senão raciocinar sobre uma idéia que encontrei nas ruas de minha época? Que haja alimentado essa idéia (e que uma parte de mim a alimente sempre), com toda a minha geração, isso é evidente por si. Mantive simplesmente diante dela a distância necessária para dela tratar e decidir de sua lógica. Tudo o que pude escrever depois mostra-o suficientemente. Mas é cômodo explorar uma fórmula de preferência a um matiz. Escolheram a fórmula: eis-me absurdo como antes". 

O absurdo em Camus é apenas o princípio do método, ponto de partida para narrar as desventuras do homem do século XX. 

Ao receber o prêmio Nobel, Camus declarou que "o escritor não pode se colocar a serviço daqueles que fazem a História; ele está a serviço daqueles que a sofrem". Nascido na Argélia, num mundo de pobreza e luz, o escritor franco-argelino cresceu sob o fogo cruzado da primeira guerra, e desde então, a história não cessou de ser violência ou injustiça. 

"Fui posto a meio caminho entre a miséria e o sol", escreve Camus em O avesso e o direito (1937). No livroVolta a Tipasa , o romancista propõe um mundo de justiça iluminado pelo homem consciente de sua existência: "(...) eu redescobria em Tipasa que era preciso (...) amar o dia que escapa à injustiça e tornar ao combate com essa luz conquistada. Reencontrava a antiga beleza, um céu jovem, compreendendo enfim que nos piores anos de nossa loucura a lembrança desse céu jamais me abandonara. Fora ele, afinal, que me impedira de desesperar. Sempre soubera que as ruínas de Tipasa eram mais jovens que nossos canteiros de obras ou nossos escombros. O mundo nelas recomeçava todos os dias dentro de uma luz sempre nova. Ó luz! é o grito de todas as personagens colocadas diante de seu destino no drama antigo. Este último recurso era também o nosso e eu o sabia agora. No meio do inverno, eu aprendia enfim que havia em mim um verão invencível". 

Camus recebeu a luz do Mediterrâneo como uma dádiva do céu, expressa numa escrita clássica, pronta para revelar o homem em sua plena consciência, o homem não mais como um mero habitante do mundo, mas um habitante consciente de ser-no-mundo. O ser do homem que o torna o ser sobre-a-terra. O ser que se depara com a sua própria liberdade. Este é o ponto central do pensamento camusiano e de toda a filosofia existencialista. 

A obra de Camus continua a ser uma exemplar manifestação da consciência crítica deste século. Uma espécie de testamento do mundo contemporâneo. Marca o início do declínio da literatura moderna, que teve precursores, mestres como Proust, Dostoievski ou Kafka. Logo viria a literatura pós-moderna, caricatura de uma época perversa e "Kitsch" . 

MUDE / CLARICE LISPECTOR

Mude,
mas comece devagar,
porque a direção é mais importante
que a velocidade.

Sente-se em outra cadeira,
no outro lado da mesa.
Mais tarde, mude de mesa.

Quando sair,
procure andar pelo outro lado da rua.
Depois, mude de caminho,
ande por outras ruas,
calmamente, observando com atenção
os lugares por onde
você passa.

Tome outros ônibus.
Mude por uns tempos o estilo das roupas.
Dê os teus sapatos velhos.
Procure andar descalço alguns dias.

Tire uma tarde inteira
para passear livremente na praia,
ou no parque,
e ouvir o canto dos passarinhos.

Veja o mundo de outras perspectivas.
Abra e feche as gavetas
e portas com a mão esquerda.

Durma no outro lado da cama...
depois, procure dormir em outras camas.

Assista a outros programas de tv,
compre outros jornais...
leia outros livros,
Viva outros romances.

Não faça do hábito um estilo de vida.
Ame a novidade.
Durma mais tarde.
Durma mais cedo.

Aprenda uma palavra nova por dia
numa outra língua.
Corrija a postura.
Coma um pouco menos,
escolha comidas diferentes,
novos temperos, novas cores,
novas delícias.

Tente o novo todo dia.
o novo lado,
o novo método,
o novo sabor,
o novo jeito,
o novo prazer,
o novo amor.
a nova vida.

Tente.
Busque novos amigos.
Tente novos amores.
Faça novas relações.

Almoce em outros locais,
vá a outros restaurantes,
tome outro tipo de bebida
compre pão em outra padaria.
Almoce mais cedo,
jante mais tarde ou vice-versa.

Escolha outro mercado...
outra marca de sabonete,
outro creme dental...
tome banho em novos horários.

Use canetas de outras cores.
Vá passear em outros lugares.
Ame muito,
cada vez mais,
de modos diferentes.

Troque de bolsa,
de carteira,
de malas,
troque de carro,
compre novos óculos,
escreva outras poesias.

Jogue os velhos relógios,
quebre delicadamente
esses horrorosos despertadores.

Abra conta em outro banco.
Vá a outros cinemas,
outros cabeleireiros,
outros teatros,
visite novos museus.

Mude.
Lembre-se de que a Vida é uma só.
E pense seriamente em arrumar um outro emprego,uma nova ocupação,
um trabalho mais light,
mais prazeroso,
mais digno,
mais humano.

Se você não encontrar razões para ser livre, invente-as.
Seja criativo.

E aproveite para fazer uma viagem despretensiosa,
longa, se possível sem destino.

Experimente coisas novas.
Troque novamente.
Mude, de novo.
Experimente outra vez.

Você certamente conhecerá coisas melhores
e coisas piores do que as já conhecidas,
mas não é isso o que importa.
O mais importante é a mudança,
o movimento,
o dinamismo,
a energia.
Só o que está morto não muda !

Repito por pura alegria de viver:
a salvação é pelo risco, sem o qual a vida não vale a pena!!!!