Na Grécia antiga acreditava-se que a música havia se originado em um passado remoto, a partir dos deuses míticos.
Apolo era considerado o deus da música e as Musas eram deusas que utilizavam seu canto e dança para encantar os deuses.
Pã, enquanto perseguia ninfas, costumava cantar e dançar. Atenas era tida como a criadora do aulos (instrumento musical de sopro da Grécia Antiga) e Hermes como criador da lira (instrumento musical de corda).
Acreditava-se na lenda que os primeiro músicos da Grécia teriam descendido de Apolo ou das Musas, ou seja, das duas divindades que os gregos mais associavam à música. Em muitas lendas apareciam a música e os músicos, porém uma das lendas mais conhecidas era a lenda de Aíron.
Lenda de Aíron
Decidindo participar de uma competição musical, Aíron contratou um navio corinto para viajar. Vencendo a competição, recebeu ricos prêmios, e quando voltava para casa foi roubado pelos marinheiros, que decidiram matá-lo. Aíron pediu para entoar seu último canto, e acatada a proposta, ele entoou um canto a Apolo, trazendo uma imensa quantidade de golfinhos para o redor do navio. Ele, então, lançou-se no mar e tendo sido considerado morto, na verdade foi conduzido por um golfinho até o cabo Tainaron. Seguindo viagem, acabou chegando a Corinto antes dos marinheiros, procurou o tirano Periandro e contou a história. O tirano acabou mandando executar os marinheiros.
O talento musical era muito relacionado à inspiração divina, principalmente pelos intelectuais. Em Íon, um dos mais famosos diálogos de Platão, o filósofo utiliza este argumento para falar do talento musical. Outros, ainda, atribuíam à música certos poderes mágicos que poderiam atuar sobre os copos e espíritos, sobre os animais e sobre a Natureza.
Outros antigos orientais acreditavam, ainda, que o som seria a mais poderosa das chaves para a porta dos mais elevados estados de consciência, e seria capaz até de executar mudanças práticas no mundo.
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