TEXTO: NARRATIVO,
DESCRITIVO E DISSERTATIVO
TEXTO NARRATIVO
A narração consiste em
arranjar uma sequência de fatos na qual as personagens se movimentam num
determinado espaço à medida que o tempo passa.
O texto narrativo é baseado
na ação que envolve personagens, tempo, espaço e conflito. Seus elementos são:
narrador, enredo, personagens, espaço e tempo.
Dessa forma, o texto
narrativo apresenta uma determinada estrutura:
Esquematizando temos:
- Apresentação;
- Complicação ou desenvolvimento;
- Clímax;
- Desfecho.
Protagonistas e
Antagonistas: A narrativa é centrada num conflito vivido pelas personagens.
Diante disso, a importância das personagens na construção do texto é evidente.
Podemos dizer que existe um
protagonista (personagem principal) e um antagonista (personagem que atua
contra o protagonista, impedindo-o de alcançar seus objetivos). Há também os
adjuvantes ou coadjuvantes, essas são personagens secundárias que também
exercem papeis fundamentais na história.
Narração e Narratividade: Em
nosso cotidiano encontramos textos narrativos; contamos e/ou ouvimos histórias
o tempo todo. Mas os textos que não pertencem ao campo da ficção não são
considerados narração, pois essas não têm como objetivo envolver o leitor pela
trama, pelo conflito. Podemos dizer que nesses relatos há narratividade, que
quer dizer, o modo de ser da narração.
Os Elementos da Narrativa:
Os elementos que compõem a narrativa são:
- Foco narrativo (1º e 3º pessoa);
- Personagens (protagonista, antagonista e coadjuvante);
- Narrador (narrador- personagem, narrador-observador).
- Tempo (cronológico e psicológico);
- Espaço.
Exemplo de Texto Narrativo:
Conta a lenda que um velho
funcionário público de Veneza noite e dia, dia e noite rezava e implorava para
o seu Santo que o fizesse ganhar sozinho na loteria cujo valor do prêmio o
faria realizar todos seus desejos e vontades. Assim passavam os dias, as
semanas, os meses e anos. E nada acontecia. Até que no dia do Santo, de tanto
que seu fiel devoto chorava e implorava, o Santo surgiu do nada e numa voz de
desespero e raiva gritou:
__ Pelo
menos meu filho compra o bilhete??!!
TEXTO DESCRITIVO
“Descrição é a representação
verbal de um objeto sensível (ser, coisa, paisagem), através da indicação dos
seus aspectos mais característicos, dos pormenores que o individualizam, que o
distinguem.”
Descrever não é enumerar o
maior número possível de detalhes, mas assinalar os traços mais singulares,
mais salientes; é fazer ressaltar do conjunto uma impressão dominante e
singular. Dependendo da intenção do autor, varia o grau de exatidão e minúcia
na descrição.
Diferentemente da narração,
que faz uma história progredir, a descrição faz interrupções na história, para
apresentar melhor uma personagem, um lugar, um objeto, enfim, o que o autor
julgar necessário para dar mais consistência ao texto.
Texto descritivo é, então,
desenhar, pintar, usando palavras em vez de tintas. Um bom exercício para levar
a criança a vivenciar o texto descritivo e pedir que ela olhe em volta e
escreva ou fale o que está vendo, descrever objetos como, sua mochila, estojo,
etc. Ou que ela conte como é o coleguinha ao lado, (nessa é bom ter cuidado,
pois elas costumam achar defeitos horrorosos).
Algumas das características
que marcam o texto descritivo são:
•presença de substantivo, que identifica o que está sendo descrito.
•adjetivos e locuções adjetivas.
•presença de verbos de ligação.
•há predominância do predicado nominal, devido aos verbos de ligação e
aos adjetivos.
•emprego de metáforas e comparações, para auxiliar na “visualização”
das características que se deseja descrever.
Essa é a explicação básica e
resumida de “como ensinar texto descritivo para crianças”. Lembrando que ao descrever
seres vivos, as características psicológicas e comportamentais, também fazem
parte da descrição.
Exemplo de texto descritivo:
“A árvore é grande, com
tronco grosso e galhos longos”. É cheia de cores, pois tem o marrom, o verde, o
vermelho das flores e até um ninho de passarinhos. O rio espesso com suas águas
barrentas desliza lento por entre pedras polidas pelos ventos e gastas pelo
tempo.”
TEXTO DISSERTATIVO
Dissertar é o mesmo que
desenvolver ou explicar um assunto, discorrer sobre ele. Assim, o texto
dissertativo pertence ao grupo dos textos expositivos, juntamente com o texto
de apresentação científica, o relatório, o texto didático, o artigo
enciclopédico. Em princípio, o texto dissertativo não está preocupado com a
persuasão e sim, com a transmissão de conhecimento, sendo, portanto, um texto
informativo.
Os textos argumentativos, ao
contrário, têm por finalidade principal persuadir o leitor sobre o ponto de
vista do autor a respeito do assunto. Quando o texto, além de explicar, também
persuade o interlocutor e modifica seu comportamento, temos um texto
dissertativo-argumentativo. O texto dissertativo argumentativo tem uma
estrutura convencional, formada por três partes essenciais:
a- Introdução (1º parágrafo): Apresenta a ideia
principal da dissertação, podendo conter uma citação, uma ou mais perguntas
(contanto que sejam respondidas durante o texto), comparação, pensamento
filosófico, afirmação histórica, etc.
b- Desenvolvimento (2º aos
penúltimos parágrafos): Argumentação e desenvolvimento do tema, na qual o autor
dá a sua opinião e tenta persuadir o leitor, sem nunca usar a primeira pessoa
(invés de “eu sei”, use “nós sabemos” ou “se sabe”).
c- Conclusão (último
parágrafo): Resumo do que foi dito no texto e/ou uma proposta de solução para
os problemas nele tratados.
Exemplo de texto dissertativo:
Uma nova ordem
Nunca foi tão importante no
País uma cruzada pela moralidade. As denúncias que se sucedem, os escândalos
que se multiplicam, os casos ilícitos que ocorrem em diversos níveis da
administração pública exibem, de forma veemente, a profunda crise moral por que
passa o País.
O povo se afasta cada vez
mais dos políticos, como se estes fossem símbolos de todos os males. As
instituições normativas, que fundamentam o sistema democrático, caem em
descrédito. Os governantes, eleitos pela expressão do voto, também engrossam a
caldeira da descrença e, frágeis, acabam comprometendo seus programas de
gestão.
Para complicar, ainda
estamos no meio de uma recessão que tem jogado milhares de trabalhadores na
rua, ampliando os bolsões de insatisfação e amargura.
Não é de estranhar que
parcelas imensas do eleitorado, em protesto contra o que veem e sentem,
procurem manifestar sua posição com o voto nulo, a abstenção ou o voto em
branco. Convenhamos, nenhuma democracia floresce dessa maneira.
A atitude de inércia e
apatia dos homens que têm responsabilidade pública os condenará ao castigo da
história. É possível fazer-se algo, de imediato, que possa acender uma pequena
chama de esperança.
O Brasil dos grandes
valores, das grandes ideias, da fé e da crença, da esperança e do futuro
necessita, urgentemente da ação solidária, tanto das autoridades quanto do
cidadão comum, para instaurar uma nova ordem na ética e na moral.
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