AS VINHAS DA IRA - JONH STEIBECK - SUGESTÃO DE LEITURA/ RESUMO/ RESENHA
     "As vinhas da ira", de Steinbeck, trata dos efeitos da Grande Depressão sobre pequenas famílias de fazendeiros do meio-oeste Americano. Sob a ótica social, ataca os métodos industriais agrícolas e o poderio de grandes empresas, bancos em especial. O romance narra a trajetória da família Joad, focada a deixar a casa que possuíam há gerações e partir para o oeste em busca de trabalho. A história dos Joads é pontuada por capítulos descritivos que mostram o contexto universal de então, colocando seus problemas no contexto global. Tom Joad, personagem central, volta à casa saído da prisão e encontra sua família se preparando para deixar Oklahoma; com a colheita arruinada e devendo aos bancos era impossível manter a fazendo, e tiveram que entregar sua terra como pagamento. Suas economias eram suficientes apenas para comprar um velho automóvel, e uma pequena soma de dinheiro para enfrentar a viagem. Tudo o que coube no carro foi levado, o resto vendido.
      A família se junta às hordas de pessoas que lentamente rumavam para o oeste, região da Califórnia, onde havia uma promessa de trabalho. Entretanto, quando após semanas de exaustiva viagem e a morte dos dois mais velhos membros da família, chegam à Califórnia, percebem que há bem pouco trabalho disponível. Devido ao alto número de trabalhadores chegando, os salários pagos pelas grandes fazendas se revela tão baixo que os migrantes são forçados a viver em acampamentos ao longo da estrada, sempre amedrontados com ameaças de incêndios por parte de grupos militantes da localidade. 
     Próximo ao final da narrativa, Tom Joad tem que se esconder pelo assassinato de um militante que o tinha atacado, e por final parte para proteger sua família, jurando a si mesmo começar uma luta pelos direitos dos imigrantes. Enquanto isso, o resto da família foge de lugar a lugar, conseguindo pequenos e escassos trabalhos, sempre à beira da miséria. O romance termina  com um dos muito eventos simbólicos, uma grande enchente que remete à história da Arca de Noé. Os membros remanescentes da família se esforçam para chegar a um celeiro em uma colina, acima da torrente, e a mensagem final é de esperança para o futuro, por um novo dia após o término da inundação. 
   Neste trabalho, possivelmente o mais celebrado de Steinbeck, o autor critica passionalmente o absurdo do sistema moderno, que valoriza lucros acima de pessoas, dando exemplos de montanhas de comidas sendo destruídas por fazendeiros, porque não seria economicamente viável transportá-las para as cidades, enquanto milhares de pessoas passavam fome ao redor e eram mantidas afastadas sob ameaças de armas, para evitar que levasse os produtos dispensados pelos fazendeiros.
      Através da experiência cotidiana da família Joad, o autor desperta a compaixão pelas dificuldades dos trabalhadores imigrantes, enquanto outros capítulos colocam a família em um cenário histórico e social.
            CENA DO FILME "VINHAS DA IRA
     Essa obra-prima de Steinbeck fortemente marcada pela forma, pelas descrições realísticas e pela reflexão sobre o mito do paraíso americano.
      O clássico que valeu o Prêmio Pulitzer a John Steinbeck permanece como um dos arquétipos da cultura norte-americana. Agraciado também com o Nobel de Literatura, o autor retratou o homem moderno diante das dificuldades, a pobreza e a privação em um universo hostil, protagonizado por vítimas da competição e párias sociais. Este livro representa o confronto entre indivíduo e sociedade, através da epopeia da família Joad, expulsa pela seca dos campos de algodão de Oklahoma, para tentar a sobrevivência como boias-frias nas plantações de frutas do Vale de Salinas, na Califórnia. Ao mesmo tempo que denuncia os dramas e flagelos de um país debilitado pela Grande Depressão dos anos 30, Steinbeck defende o conceito de que o indivíduo isolado nada vale, e a sobrevivência só é possível quando existe solidariedade entre os semelhantes. Vencedor de dois Oscar, a adaptação para o cinema foi feita por John Ford em 1940, com Henry Fonda no papel de Tom Joad.











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