VERDADE
A Odenilde Nogueira Martins
Vejo-me inteiro no fundo do rio
que corre em sua direção de águas
que vão e voltam sem me trazerem
à margem e à imagem renovado.
Mas, no centro da imagem me vejo
e me percebo em perfil de verdade
que não posso negar, porque sempre
me transportando para o desconhecido.
Não sei, no entanto, se estou no meio
ou na média da verdade que se esfuma,
se contorce e se entorta para mostrar
o meu e o seu perfil de mudanças
na dança silenciosa do tempo.
Essa verdade de que não posso fugir,
metade ilusão e metade pedra e limo,
divide-me em silêncio e ruído, em prosa
e em poesia em que me narro e me poeto.
José Fernandes / Goiás / 4-8-2014
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