Deleite - poema

Deleite

O que riscou o caminho,
Não foi um gato preto
Nem raio de sol
Ou saudade...

Para deleite de meus olhos,
em gozo de orgia breve,
 uma borboleta a voar,
de flor em flor pousa,
leve.

Inconsciente do tempo...
 e da morte,
brevíssima, em tudo se faz,
bate asas e leve voa,
lá vai a borboleta em paz.

O que riscou o caminho,
para deleite de meus olhos,
em voo de orgia breve,
indiferente aos espinhos,
 uma borboleta,
de flor em flor pousa leve.

Odenilde Nogueira Martins


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