Primeiro. Escolhida a obra ou fragmento dela, procede- se à sua leitura integral, leitura de contato, descontraída, lúdica, que deve fornecer a uma “impressão” ou “ideia” geral do texto, imprescindível para as fases posteriores da tarefa analítica;
Segundo. Releitura da análise (que pode e deve ser repetida tantas vezes quantas o texto o requerer), com o lápis na mão, assinalando no texto as passagens que mais chamam a atenção ou que envolvem problemas de entendimento;
Terceiro. Consulta do dicionário lexicográfico (e de termos literários), a fim de resolver as dúvidas quanto á denotação das palavras e expressões;
Quarto. Releitura tendo em mira compreender o índice conotativo das palavras e expressões;
Quinto. Apontar as constantes ou recorrências do texto, sobretudo no que toca à conotação;
Sexto. Interpretar tais contantes ou recorrências, que constituem a camada externa das forças- motrizes, com base nos elementos do próprio texto e nas informações que o analista já possui;
Sétimo. Consultar as fontes secundárias caso o texto reclame: história literária, história da cultura, biografia do autor, bibliografia acerca e do autor, seu contexto sócio- econômico- cultural (a Política, a Sociologia, a Psicologia, etc.);
Oitavo. Organizar em ordem hierárquica de importância as constantes ou recorrências, segundo critério estatístico e qualitativo, ou seja, segundo a quantidade de constantes e sua qualidade emocional, sentimental e conceptual;
Nono. Interpretá- las e buscar depreender as ilações que comportam, á luz dos dados selecionados, tendo em vista as forças- motrizes, isto é, a cosmovisão do escritor;
Décimo. Conclusão do trabalho e sua redação final. Como a análise, via de regra, não caminha sozinha, a redação final do trabalho analítico pressupões levá- lo a uma das zonas com as quais se limita, vale dizer, a crítica e a historiografia literária.
http://fernandajimenez.com/2014/04/07/como-analisar-um-texto-literario/
0 comentários:
Postar um comentário