BIOGRAFIA
David Gonçalves nasceu em Jandaia do Sul [Pr], em 10 de agosto de 1952. Escritor, pesquisador, consultor de empresas, dedica-se a ministrar cursos e a proferir palestras sobre vendas, marketing, gerenciamento, liderança, motivação e literatura em todo o Brasil. É autor de mais de vinte obras, entre elas O sol dos trópicos [romance] e A mágica do pensamento construtivo[comunicação, liderança, motivação]. Premiado nacional, seus trabalhos são diretos, de fácil entendimento, com exemplos práticos. Consultor de empresas com sólida experiência, promove o crescimento e o desenvolvimento das pessoas e de organizações. Suas obras técnicas e literárias são amplamente lidas nas empresas e nas escolas e diversas teses já foram escritas sobre elas. Dedica-se à literatura desde os quinze anos, quando escreveu o seu primeiro conto intitulado "O pote de ouro", que nunca foi publicado. Dos dezesseis aos dezoito anos, escreveu o primeiro romance "Bagaços de gente", um calhamaço com 250 laudas datilografadas, que também nunca foi publicado. Aos vinte anos, escreve e publica o romance As flores que o chapadão não deu [1972]. David Gonçalves gosta de viver de maneira simples, aprecia a cultura brasileira, e nunca cansou de maravilhar-se pelas belezas da vida.
Obras Literárias
Geração viva, contos, 6ª edição.
Adorável Margarida e outras histórias de bichos, contos, 1ª edição.
Até sangrar, contos, 1ª edição.
O homem que só tinha segunda-feira, contos, 2ª edição.
O campeão, romance, 3ª edição.
Terra braba, romance, 13ª edição.
Águas de outono, romance, 3ª edição.
As flores que o chapadão não deu, romance, 7ª edição.
O rei da estrada, romance, 3ª edição.
Os caçadores de aranhas, romance, 3ª edição.
Paixão cega, romance, 3ª edição.
O sol dos trópicos, romance, 3ª edição.
Pó e sombra, romance, 2ª edição.
O assassino da rua 1500, contos, 3ª edição.
Acima do Chão, romance, 3ª edição.
Contos escolhidos, contos, 1ª edição.
A princesa e o anjo negro, contos, 1ª edição.
Fábulas de Sucesso, Contos, 2ª edição.
Obras Infantojuvenis
Adorável Margarida, conto.
A vaca no quarto andar, conto.
A mulher barbada, conto.
Por seus olhos, conto.
Sapatos de capim, conto.
Obras Técnicas
Varejo – os primeiros passos para o sucesso, Sebrae-Fpolis, terceira edição.
Serviços – os primeiros passos para o sucesso. Sebrae-Fpolis, segunda edição.
Indústria – os primeiros passos para o sucesso. Sebrae-Fpolis, segunda edição.
Marketing pessoal: a essência do sucesso. Sucesso Pocket, terceira edição.
A mágica do pensamento construtivo. Sucesso Pocket, terceira edição.
Motivação: sem mágica, sem mistérios. Sucesso Pocket, segunda edição.
Vendas & marketing – como criar e manter Clientes. São Paulo, Rumo, terceira edição (esgotada).
O segredo da delegação eficaz. Hdv, edição esgotada.
Prêmios
Prêmio “Hugo de Carvalho Ramos”, Goiânia, com o estudo “Atualização das formas simples”, tese de mestrado
Prêmio Othon Gama D’Eça, da Academia Catarinense de Letras, pelo conjunto de obras, 2008.
Presidente da Academia Catarinense de Letras
Sr. Lauro Junkes entregando o prêmio a David Gonçalves
ENTREVISTA: DAVID GONÇALVES FALA DE SUA OBRA E DA LITERATURA BRASILEIRA
1 - Como produz sua literatura? De quais livros seus, você mais gosta?
DAVID GONÇALVES – Bem, cada escritor tem um método, um estilo. Eu preciso vivenciar a realidade primeiro, depois recriá-la num contexto cheio de significados. Não consigo voar só nas asas da imaginação. Quando decido por uma temática, começo a vivenciá-la, e, aos poucos, começo a escrever. É assim com o conto e com o romance. Há livros, como o caso de Águas de outono, que devoraram vinte anos. Enfim, para escrever, eu preciso sentir o cheiro das ruas, das matas, do pó das estradas, das pessoas. Dos livros que mais gosto, por Deus, é difícil de dizer. Três, entretanto, a crítica tem enfatizado: Geração viva [contos], O sol dos trópicos [romance] e Acima do chão [romance]. Espero que o Sangue verde, que está sendo lançado, entre na lista também.
2 - Em que situação se encontra a literatura brasileira?
DAVID GONÇALVES – Alguns profetas falsos têm apregoado a morte da Literatura Brasileira, alguns chegam até dizer que o mestre no momento é Paulo Coelho, o mais traduzido, o mais vendido... Dizem também que a Internet liquidou o livro físico... Entretanto, há autores novos surgindo por todos os cantos do país, usando a Internet como meio de divulgação. E bons! Só para citar: Rogério Pereira [no Paraná], Luiz Ruffato [São Paulo], Jovino Machado [Minas Gerais], José Fernandes [Goiás], os escritores da Associação Confraria das Letras [Joinville, SC], com as miniantologias e a antologia Saganossa. O problema todo consiste na divulgação. Nem sempre os bons autores estão na mídia. Quem não frequenta a mídia, fica no ostracismo.
3 - Quem, no Brasil, está produzindo boa literatura?
DAVID GONÇALVES – Nossa Literatura é riquíssima. Há uma geração de escritores invejáveis que se encontra entre os 70 e os 100 anos: Manoel de Barros, Gilberto Mendonça Teles e Antonio Miranda, Adélia Prado, Dalton Trevisan, Flávio Cardoso; outra, entre os 30 e 70, nas várias regiões do país: José Fernandes [Goiás], Artêmio Zanon e Alcides Buss [Santa Catarina], Jovino Machado [Minas Gerais], Luiz Ruffato [São Paulo], Pelegrini Júnior {Paraná}. Só para lembrar alguns nomes. A lista, entretanto, é grande. Enfim, sou um narrador, não sou crítico literário.
4 - Quais são os autores da Literatura Catarinense que você recomendaria?
DAVID GONÇALVES – A Literatura Catarinense é preciosa. Temos autores de ponta, a começar por Cruz e Souza, Guido Vilmar Sassi, Tito Carvalho, Virgílio Várzea, Flavio Cardoso, Pinheiro Neto, Urda Alice Klueger, Artêmio Zanon, Péricles Prade, Alcides Buss, Salin Miguel, Amílcar Neves. Dos autores joinvilenses, Carlos Adauto Vieira, Donald Malschitzky, Hilton Gorresen, Jura Arruda, Dúnia de Freitas...
5 - Qual a importância das Academias? Elas estão cumprindo o seu papel?
DAVID GONÇALVES – Penso que a primeira função das Academias seja cuidar e preservar a Língua Portuguesa, e incentivar a melhor produção literária em cada Estado. Mas vejo que muitas delas estão se tornando uma espécie de “igrejinha literária”, onde há mais advogados, desembargadores e políticos que bons escritores. Com isso, o que temos? Um marasmo. Até parece que, depois de entrar numa academia, ninguém produz coisa alguma. A sorte dos autores é que não se precisa das Academias para produzir boa literatura.
6. Fale um pouco sobre o seu novo romance, o “Sangue verde”.
DAVID GONÇALVES – Na verdade, eu comecei a pensar neste romance há 40 anos, quando comecei a visitar o Cerrado e a Amazônia. Enquanto escrevia outras obras, o assunto foi amadurecendo, até que, em 2008, achei que estava pronto para escrevê-lo. Eu não queria escrever alguns contos sobre o assunto. Mas uma obra maior. Demorei cinco anos para escrevê-lo. Foi suado, o assunto exigiu muitos esforços. Queria fazer um romance sobre uma Amazônia com suas veias abertas, destruída, em nome do progresso. Foi difícil. É um romance de múltiplas personagens. É denúncia, advertência, um grito angustiante da floresta pedindo socorro. As personagens parecem viver num caldeirão de interesses próprios, destituídos de moralidade. Enfim, um universo doentio em formação.
7- O que significa a literatura para sua vida? É hobby? É compromisso?
DAVID GONÇALVES – Não é hobby, não. Antes de tudo, é a minha vida. Sem ela, não saberia como viver. Vejo a Literatura como algo maior: através dela, podemos reunir várias ciências ao mesmo tempo – filosofia, psicologia, sociologia, história, geografia, linguística, antropologia, etc. É conhecimento, é lição de vida, é criatividade, é o jeito de o homem expandir sua mente. Por isso, quem lê tem mais capacidade de perceber a vida e o mundo.
Telefone (47) 3425.1925(47) 9974.7080
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