A intertextualidade pode ser compreendida como a produção de um discurso com base em outro texto previamente estruturado. Em cada caso este conceito assumirá papeis distintos, em decorrência dos enunciados e das circunstâncias nos quais ele será embutido.
Este elemento está vinculado certamente ao domínio de um saber geral sobre o mundo, o qual deve ser dividido, melhor dizendo, precisa estar presente tanto na experiência de vida do criador da mensagem quanto de seu decodificador. É possível haver ou não uma interação entre várias esferas do conhecimento, não necessariamente se limitando à obra literária.
Há pelo menos sete tipos de intertextualidade:
Epígrafe: consiste em um texto inicial, que tem como objetivo abrir uma narrativa. É, portanto, um registro escrito introdutório utilizado como diretriz do discurso central por ser capaz de sintetizar de maneira modelar a filosofia do escritor.
A palavra ‘epígrafe’ tem origem no idioma grego e pode ser traduzida aproximadamente como ‘escrita na posição superior’. Essa modalidade de intertextualidade é utilizada quando um escritor se vale da passagem de uma obra prévia para dar início ao seu próprio enredo.
Citação: é a referência a uma passagem do discurso de outra pessoa no meio de um texto, entre aspas e normalmente acompanhada da identidade de seu criador.
Paráfrase: ocorre quando o escritor reinventa, com instrumentos apropriados, um texto pré-existente, resgatando para o leitor sua filosofia originária. O termo provém do grego “para-phrasis”, que tem o sentido de reproduzir uma frase. Essa espécie de interação intertextual equivale a repetir um conteúdo ou um fragmento dele claramente, porém em outros termos, preservando sempre a concepção inicial.
Paródia: quando o autor se apodera de um discurso e, ao invés de avalizar o exemplar resgatado, opõe-se a ele de forma discreta ou explicitamente. Várias vezes ele desvirtua o discurso prévio, seja por desejar criticá-lo ou por querer tecer uma ironia.
Pastiche: há uma união de diversos conteúdos e o resultado é uma colcha de retalhos. Não é difícil de compreender: este recurso ocorre quando se realiza a combinação de um determinado texto com um ou mais discursos.
Tradução: esta intertextualidade é o ajustamento de um texto composto em outro idioma à língua falada no país onde a obra é traduzida. Por exemplo, quando um livro em francês é traduzido para o vernáculo espanhol.
Referência e Alusão: aqui o escritor não indica abertamente o evento em foco; ele simplesmente o insinua por meio de qualidades menos importantes ou alegóricas.
Fontes:
http://soumaisenem.com.br/portugues/generos-textuais/os-tipos-de-intertextualidade-parte-1http://pt.wikipedia.org/wiki/Intertextualidade
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