POSTO AQUI, COM MUITO ORGULHO, DOIS POEMAS DO MEU AMIGO ONÉVIO ZABOT! LINDOS! QUISERA ESCREVER ASSIM!

AVES DE RIMBAUD

Girai, ó aves girai!
Girai
Como giram os mares.

Girai
Nas incisivas tempestades:

Amores
E saudades!

Não vos contentai apenas com o verbo,
Ó aves!

Girai
Como giram as imensidades...!

Ó, atentas criaturas!

Jamais curvai-vos
Ao inconfundível ocaso.

Como flecha girai...!
Ó aves – girai!

Girai
Como giram as horas
De infinita liberdade.

Girai,
Ó aves, para sempre girai.
  

 VERDES BARCOS VERDES

É verde o campo
Não fosse verde o horizonte.
E que chuvas alongadas:
Largo sorriso derivando primaveras.
África, ó África, quanta saudade dos velhos barcos portugueses.
Brancas caravelas a erguer nuvens no céu.
Santo Deus, Santo Deus!
Sempre estarei de braços abertos acenando.
Acenando perdidamente:
Lenço branco da saudade.
Ó Deus! Como são belos
Esses barcos pequeninos!
A navegar e navegar,
Amoitadosnas cores do céu.
Onévio Zabot, abril 2012


1 comentários:

Zabot disse...

Ode

Antes tarde nunca,prezada poetisa. Obrigado pela divulgação. Aprecio teus poemas. Lindos poemas.

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