RELENTO
Mais uma noite chega de repente...
E uma imagem trêfega, franzina,
Procura o seu descanso de rotina
Na rispidez do chão indiligente.
Logo adormece na calçada ardente,
Cumprindo a compulsão da sua sina;
Mas sonha que uma chuva repentina
Está molhando o seu corpo indolente...
Acorda e vê que o sonho é verdadeiro;
Levanta-se, buscando um paradeiro,
E sai cambaleando em desalento...
Jogada ao léu na rua da amargura,
Aquela desditosa criatura
Sabe de cor as leis do sofrimento.
® Rubenio Marcelo
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