Amanhã - poema


De pérolas bordada, a madrugada orvalhada
Saúda o dia que chega, mansinho,
Encolhe-se aurora pelo Sol subjugada. 
É preciso ir! Já se ouve dos pássaros o burburinho.

Recolhem-se corujas e morcegos,
Um galo canta apressado,
Os picos se vê dos rochedos
Vem o sol, inda fraco,descorado.

Ouça o trinado dos pássaros ... 
Amanhece.
Vai-se a noite com seus segredos!
- Fica!- pede-lhe o poeta. – Mais um pouco, ainda é cedo!
- Não posso! Ouça! É o som do passaredo!

Vai-se a noite, vem o dia
Sofre o enamorado da Lua
- Vai-te, vadia! Vai-te! Minha agonia perpetuas!
- Não chores, poeta, não chores,
Amanhã, a Lua é só tua!
                                                                                                     Odenilde Nogueira Martins 

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