Voyeur
(Marcelo Leandro Ribeiro)
Assim que ela entra
permite-me vê-la
abre as janelas,
finge que canta
Assim que ela testa
se eu a desejo, pois
se a ouço,
a olho de longe
me deixo ser visto
entre persianas e cortinas
enquanto ela se aninha
sob a luz da lua
Meia folha e a cortina
e ela que tira o vestido
enquanto se despe de
culpas, feito mulher
que nasce nua é assim
que provoca,
abre as pernas,
se inclina na cama
me chama, reclama
de não ouvi-la
à distância de
uma avenida
0 comentários:
Postar um comentário