Em "Pedagogia da Autonomia", Paulo Freire introduz sua problemática incitando o professor a entender-se como parte de um processo de construção do conhecimento pedagógico, induzindo-o a refletir criticamente sobre sua atuação frente aos seus alunos. Salienta a necessidade de uma relação dual onde quem ensina deve estar preparado para aprender, repudiando a simples transmissão de conhecimento. Destaca a valorização dos saberes do educando, assim como a compreensão de que suas diferenças podem despertar em si, como educador a capacidade de perceber e contextualizar cada teoria estudada a realidade vivida do discente.
Leva o educador a refletir sobre uma real interdependência entre ensinar e aprender, entre educador e educando, entre os sujeitos e o conhecimento.
Com este posicionamento Freire desarma o pedagogo que busca em seu livro a solução para as suas dificuldades e limitações frente ao educando, pois diferentemente do que possa parecer, o esmo traz um raciocínio amplo repleto de embasamentos sociológicos, políticos e psicológicos.
Mantendo um pensamento coeso, insiste, e por vezes repetidamente convoca o educador a buscar mais, ser cada dia mais ético, mais metódico, curioso e criativo.
Em um segundo momento, Freire aprofunda seu raciocínio a cerca da diferença entre adaptar-se a uma situação e inserir-se na mesma situação ou ambiente. O autor chama à atenção para existência de muitos educadores adaptados às salas de aula, aos alunos, a falta de recursos disponibilizados pelo setor público. No entanto, o educador, de acordo com o autor, não deve se adaptar a esta situação e sim inserir-se nesse cenário como uma possibilidade de mudança.
Entende, ainda, que a organização escolar permanece condicionada em adaptar, adestrar seus integrantes, sejam alunos, professores, funcionários e até mesmo pais. Portanto temos uma escola de comportamentos certos e comportamentos errados. Deixando pouco espaço para o diferente, o que é autêntico, o que é da comunidade, com esse comportamento, formando, indivíduos que não mudam o que está colocado no mundo, apenas se adaptam.
Paulo Freire mantém um diálogo muito próximo da psicologia escolar durante todo seu texto, pois em psicologia acredita-se que a escola é um espaço sociocultural DAYRELL (1996), sendo assim é na relação que se dá o aprendizado, é com o despertar do desejo do outro pelo objeto (individuo, conhecimento, esporte) é que se perceberá uma evolução nos envolvidos.
Quanto a evolução, destaca a necessidade de o docente conscientizar-se de que é um ser inacabado e que só através desta consciência de inacabamento é que compreenderá as necessidades e angustia do discente.
O ser humano é um sujeito histórico, afirma Freire, mas não aceita o determinismo de sua historicidade. Sendo assim, é necessário viver a história do sujeito como uma possibilidade de mudança e não como uma determinação. Isso significa que a sociedade é construída por diversos indivíduos, uns que se omitem e apenas se adaptam e poucos que se inserem e modificam algo.
Assim, Freire leva o leitor a refletir sobre o porquê de estarmos aqui?”, “qual o sentido da nossa existência como educadores”. Freire acredita veementemente que estamos aqui, como educadores e eu incluo os psicólogos escolares para despertar a curiosidade nos alunos, uma curiosidade autônoma, cientifica, metodológica e através deste nível de curiosidade construir o conhecimento.
O autor alerta sobre a dificuldade de despertar a autonomia nos alunos, pois tornar-se autônomo requer prática nos momentos de decisão. Sendo assim o educador deve instigar o aluno a decidir e só desta forma o mesmo adquire autonomia frente a situações do cotidiano.
Nesse momento, a psicologia torna-se de suma importância, pois dá o suporte necessário ao pedagogo no sentido de propiciar autonomia ao educando. Esse é o momento ideal para intervenção multidisciplinar entra a pedagogia e a psicologia escolar dentro da sala de aula, pois com a união de tais conhecimentos pode-se vislumbrar uma facilitação do processo de autonomia. A psicologia pode deixar o seu lugar de saúde/doença e tornar-se atuante no processo total da aprendizagem.
O autor alerta sobre a dificuldade de despertar a autonomia nos alunos, pois tornar-se autônomo requer prática nos momentos de decisão. Sendo assim o educador deve instigar o aluno a decidir e só desta forma o mesmo adquire autonomia frente a situações do cotidiano.
Nesse momento, a psicologia torna-se de suma importância, pois dá o suporte necessário ao pedagogo no sentido de propiciar autonomia ao educando. Esse é o momento ideal para intervenção multidisciplinar entra a pedagogia e a psicologia escolar dentro da sala de aula, pois com a união de tais conhecimentos pode-se vislumbrar uma facilitação do processo de autonomia. A psicologia pode deixar o seu lugar de saúde/doença e tornar-se atuante no processo total da aprendizagem.
A leitura de "A pedagogia da autonomia" apresenta inúmeras contribuições ao leitor, e convém ressaltar a naturalidade apresentada pelo autor ao lidar com sua visão política durante todo o livro de forma educada, mas não menos apaixonada.
Freire mostra a politica como algo que merece grande destaque, pois vivemos uma realidade política em que ninguém tem lado, ninguém acredita e nem desacredita de algo. O autor destaca a impossibilidade de se manter uma neutralidade frente aos fatos cotidianos que cercam o ambiente escolar sem tentar impor suas crenças aos demais, acredita firmemente que se pode ter uma condição política, por exemplo, desde que se mantenha uma ética moral.
Freire mostra a politica como algo que merece grande destaque, pois vivemos uma realidade política em que ninguém tem lado, ninguém acredita e nem desacredita de algo. O autor destaca a impossibilidade de se manter uma neutralidade frente aos fatos cotidianos que cercam o ambiente escolar sem tentar impor suas crenças aos demais, acredita firmemente que se pode ter uma condição política, por exemplo, desde que se mantenha uma ética moral.
Bibliografia
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa; prefácio de Edina Castro de Oliveira. 20.ed. Rio de Janeiro, RJ: Paz e Terra, 2001.
DAYRELL, Juarez T. A escola como espaço sócio-cultural; Educação em Revista. B.H.(15):1-27. Jun 1996.
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