TIÊ-SANGUE / POEMA

TIÊ-SANGUE
EM ALVÍSSIMOS LENÇÓIS DE SEDA, 
DEITA-ME  BELO, O TIÊ-SANGUE.
TRAZ A NOITE EM SUAS ASAS NEGRAS
 PROMESSA DE PAIXÃO, O  CORPO,  LABAREDA.

LEGISLADOR DE MIM EM FRENESI
SUPLÍCIO NOS INCONCILIÁVEIS  SENTIMENTOS,
EM ÊXTASE  E DE AMOR BÊBADA
ME   TOMA O JUIZO E ... VOA!

AMOU-ME  O TIÊ-SANGUE, DEPOIS,
PARTIU LIGEIRO, JÁ DEBRUÇA-SE
SOBRE  OUTRA FRUTA MADURA
OLHAR MAROTO, SORRISO BREJEIRO.

NA ALVURA DE OUTRO LENÇOL,
SUGA A DOÇURA DE  UMA  AMORA
LÂNGUIDO, ESPARRAMA-SE  FACEIRO
INCONSTANTE,  HÁ PRESSA EM PARTIR,
NELE AGORA.

 ODENILDE N. MARTINS

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