"Era assim que Cândida andava: saltitando! Êta, moreninha espevitada! Olhar brejeiro, boca ...ah! que boca! Carnuda que só! Parecia que estava sempre pedindo beijo! E olha que não tinha quem não estivesse querendo dar! Os jovens reviravam os olhos e, na calada da noite, Cândida lhes fazia companhia! No pensamento deles é claro! Mas fazia, sim, senhor!Os velhos, estes ficavam satisfeitos de olhar e se lembrar de quando eram moços, contavam aventuras amorosas. Ah, se fossem moços! Essa moreninha não havia de escapar.
Cândida era moça séria, feita para casar. Filha de Juca Pescador e de dona Iracema sabia ler e sabia escrever! O pai fizera questão de que a filha aprendesse e para isso contou com a ajuda de Isabel, uma prima, que vinha passar as férias na pequena vila.
Isabel morava na capital e quando vinha, vinha cheia de conversas sobre a cidade grande: aventuras e divertimento!..."
ODENILDE N. MARTINS
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