MAR - POEMA

MAR
RUGE ZANGADO O MAR,
CIUMENTO DE SUAS  ONDAS  ESPUMOSAS
QUE BATEM E REBATEM E LAMBEM  ROCHEDOS,
 DEPOIS, SEMPRE CANTANTES
SOBRE AS AREIAS BRANCAS,
DERRAMAM-SE E ESPARRAMAM-SE DENGOSAS.

 ENTÃO, BRANDAS E SILENCIOSAS
COMO EM CANTILENA, CHEIAS DE SEGREDOS
NUM  RASTRO DE ALVA RENDA,
ENCOLHEM-SE E  RECOLHEM-SE SERENAS.

E NESSE VAIVÉM,
ENTRISTECIDAS FICAM AS AREIAS,
ENTRISTECIDOS FICAM OS ROCHEDOS.
ODENILDE N. MARTINS

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