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"...Na frente da Grande Pedra Negra, Zé das Trilhas, seguido de seu cão amarelo, olhava as cabanas abandonadas e o quintal invadido por ervas daninhas. No alto da pedra, entre fendas milenares, a orquídea florira naquele ano de novo, diante da suavidade da primavera. A superfície velha e áspera da pedra gigante, coberta de musgo, formava um manto santo para a orquídea negra. As flores exuberantes e enigmáticas pendiam um pouco devido ao próprio peso. Floria a cada primavera, às vésperas da temporada da chuva. Soberana, naquelas pequenas cavidades, desabrochava indômita. A superfície da pedra, cheia de nódoas escuras e coberta por musgo até o alto, dava-lhe mais imponência e sóbria elegância. Lá do alto, abelhas, beija-flores e borboletas de todas as cores rendiam-lhe homenagem, esvoaçando, aproximando-se dela, deitando tênues sombras nos novos musgos."...
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